Divulgação/ PCMT

O apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) acusado de matar um colega de trabalho eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Mato Grosso, tentou decapitar o homem com um machado após esfaqueá-lo.

O delegado Higo Rafael, que atua no caso, disse ao Metrópoles que a vítima levou 15 facadas na testa. O homem ainda foi ferido nas costas e no olho.

O conflito teria começado na quarta-feira (7/9), quando o bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, e Benedito Cardoso dos Santos, de 42, se desentenderam. Os dois começaram uma briga física e, em certo momento, o rapaz esfaqueou o eleitor de Lula.

Segundo informações da Polícia Civil do estado, o suspeito do crime teria demonstrado apoio à reeleição de Bolsonaro. Já Benedito defendia a eleição do principal opositor do governo, Lula.

Foram 17 golpes no total. Segundo o delegado, como Benedito ainda não estava morto e xingou Rafael de “filho da puta”, com mais raiva ainda, o agressor pegou um machado e tentou decapitar o homem. Ele morreu com o último ataque.

Para Higo Rafael, “o crime teve como motivo torpe e meio cruel motivado por discussão sobre política”.

Rafael de Oliveira está preso. Ele foi detido em flagrante e a Justiça converteu a prisão em preventiva ainda na noite de quinta-feira (8/9). O suspeito confessou o crime após buscar por atendimento médico para tratar dos ferimentos que a luta gerou.

Petista morto em festa de aniversário

O episódio envolvendo desavenças políticas não é isolado. Em 9 de julho, o petista Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR).

Arruda comemorava o seu aniversário com temática do PT em uma associação esportiva da cidade, quando Guaranho entrou com seu carro no local gritando “Aqui é Bolsonaro”. Após discussão, o bolsonarista baleou o ex-tesoureiro do partido, que morreu após ser socorrido.

A Polícia Civil do Paraná concluiu inquérito e o indiciou por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo comum. Em 10 de agosto, Guaranho recebeu alta hospitalar e posteriormente foi preso e levado para penitenciária de São José dos Pinhais.

(Metrópoles)

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