O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, por meio de uma mensagem em vídeo, da abertura da Conferência Conservadora de Ação Política (Cpac), em Buenos Aires, Argentina. Durante a fala, ele agradeceu o presidente argentino, Javier Milei, por acolher os foragidos pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

De acordo com o ex-presidente, “o que passou no 8 de janeiro não foi programado pela direita, mas pela esquerda e teve esse final”. “Então, te agradeço pela recepção. São pessoas com suas famílias, mães, pais, avós, que estão no seu país. A dor desses condenados políticos é muito grande”, declarou Bolsonaro ao presidente Milei.

Durante o discurso, Bolsonaro parabenizou a Argentina e comparou os dois países, destacando “a coragem de montar uma boa equipe para mudar os rumos de seu país”.

O ex-presidente acrescentou que o governo brasileiro enfrentou momentos difíceis devido à pandemia da Covid-19 e à guerra entre Rússia e Ucrânia. Bolsonaro concluiu dizendo que, agora, “a Argentina é um país que se projeta para o mundo”.

Brasileiros que participaram do ato em 8 de janeiro de 2023 cruzaram a fronteira e buscaram abrigo na Argentina. O Supremo Tribunal Federal (STF) expediu pedidos de extradição para os foragidos.

Além de citar as dificuldades na gestão, Bolsonaro, sem citar o nome de Alexandre de Moraes, destacou que há um juiz na Suprema Corte que não segue o devido processo legal e “se faz de vítima”. Ele também declarou que espera que seu passaporte seja devolvido a tempo de comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos.

Eduardo Bolsonaro visita condenados pelo 8 de Janeiro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) esteve presente no evento da Cpac, que reúne a direita conservadora, em Buenos Aires. Ele se encontrou com os dois condenados pelos atos antidemocráticos, Joelton Gusmão e Rodrigo Moro, que estão presos na Argentina.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Eduardo aparece ao lado dos familiares dos condenados, que relatam que um deles, Rodrigo Moro, está preso há 20 dias.

“A preocupação deles realmente é com a família, mas nós tentamos trazer uma mensagem de esperança. Eu realmente acredito que a gente possa virar as coisas. É claro que nada é fácil. Não queria estar na pele de vocês. Há dois anos, realmente, falam que meu pai vai ser preso. Vamos vivendo um dia após o outro”, declarou o deputado.

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