O presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu o apoio que recebeu nesta terça-feira (4/10) dos governadores Rodrigo Garcia (PSDB), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro. Segundo o chefe do Executivo federal, que tenta a reeleição, a aliança tem como intuito “evitar que a quadrilha”, em referência ao Partido dos Trabalhadores (PT), “volte ao poder”.
“Diferenças sempre existirão, mas o que está em jogo neste momento é algo muito maior: o futuro do nosso Brasil. É hora de unirmos forças para proteger a liberdade e a dignidade do povo brasileiro e evitar que a quadrilha que assaltou e quase destruiu o país volte ao poder”, escreveu o presidente nas redes sociais.
Com o apoio de Garcia, Zema e Castro, o presidente da República terá alianças com os governadores de três dos cinco maiores colégios eleitorais do país para disputar o segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro e Lula decidirão no dia 30 de outubro quem ocupará a Presidência da República entre 2023 e 2027. No primeiro turno, realizado no último domingo (2/10), o atual chefe do Executivo federal ficou atrás do petista no cenário nacional. O candidato do PL recebeu 51 milhões de votos (43,20%), enquanto Lula ficou com 57,2 milhões (48,43%).
O mandatário da República saiu vencedor entre o eleitorado paulista e o carioca. Lula, por sua vez, liderou a disputa em Minas Gerais.
Bolsonaro obteve a preferência de 47,71% do eleitorado de São Paulo, o equivalente a 12,2 milhões de votos. No estado, Lula ficou em segundo lugar, com 10,4 milhões de votos (40,89%).
Lula foi o vencedor entre o eleitorado mineiro e obteve 48,29% dos votos registrados para presidente da República em Minas Gerais (5.802.571). O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, obteve 43,60% dos votos (5.239.264).
Já no Rio de Janeiro, Bolsonaro recebeu 4,8 milhões de votos, o equivalente a 51,09% do total. Lula registrou 3,8 milhões (40,68%).
Bahia e Rio Grande do Sul
A campanha do atual presidente quer trabalhar a rejeição de Lula em Minas, São Paulo, Rio e Bahia. O quinto estado com o maior número de eleitores, Rio Grande do Sul, já é visto como mais bolsonarista.
No caso da Bahia, quarto maior colégio eleitoral do país, Bolsonaro busca uma aproximação com ACM Neto (União), que disputa o segundo turno com o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues. Jerônimo terminou a disputa à frente, com 49,45% dos votos válidos, ante 40,80% de ACM. No primeiro turno, Lula venceu Bolsonaro na Bahia por 69,70% a 24,33%.
Bolsonaro tem dito que está “ à disposição” do candidato do União para uma conversa. O ex-prefeito de Salvador disse que iria estudar o apoio em nível federal.