Apesar de bloqueios em perfis de redes nas quais o presidente utiliza para fazer anúncios oficiais, o chefe do Executivo nacional alega que perfis de direita também sofrem restrições. Contra isso, há 10 dias, o chefe do Executivo informou que enviaria ao Congresso um projeto de lei “bastante curtinho” contra eventuais censuras promovidas pelas redes.
“[Se o projeto não for aprovado] Vai acontecer exatamente o que nós vimos nos Estados Unidos, onde quem apoiava o (ex-presidente americano Donald) Trump era censurado e quem não apoiava era exaltado. O mesmo acontece aqui no Brasil. Não temos alternativa a não ser nos socorrermos no Parlamento”, disse Bolsonaro, na ocasião.
Ao Uol, a presidente da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu argumentou que Bolsonaro tenta eliminar de suas contas pessoas e instituições que dele discordam para transformá-las em espaços onde apenas aplausos são permitidos.
“O presidente Bolsonaro afirma que a liberdade de expressão dele e de seus seguidores é cerceada quando as plataformas excluem desinformação prejudicial e contas falsas, mas ele mesmo não pensa duas vezes antes de violar o direito ao acesso à informação e a liberdade de expressão das pessoas que discordam dele”, completou Canineu.
A reação do chefe do Executivo se dá principalmente por investigações relacionadas à disseminação de fake news e, posteriormente, replicadas pelos canais de direita. Com informações de Metrópoles.