O presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Manaus na manhã desta quarta (18), no aeroporto Eduardinho. Apoiadores organizaram caravanas para recepcioná-lo no estacionamento do local, onde foi montado o famoso cercadinho.
Sem usar máscara, o presidente provocou aglomerações, abraçou crianças e teve contato com os seguidores.

Bolsonaro foi recebido pelo aliado e governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), que é pré-candidato ao governo. Também esteve presente o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), de linha evangélica e conservadora. Além do amigo pessoal do presidente, coronel da reserva Alfredo Menezes.
Acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o presidente fez a entrega de 500 apartamentos populares. De acordo com dados da Prefeitura de Manaus, as moradias foram construídas a partir do repasse de R$ 607,5 milhões do Ministério de Desenvolvimento Regional, no primeiro trimestre.
Preço do gás
Bolsonaro, apesar de reconhecer a inflação e dar razão ao povo para reclamar, culpou os governadores pela alta de preços do gás e de combustíveis. O discurso foi feito na manhã desta quarta-feira (18/08) em Manaus, ao lado do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
Bolsonaro classificou os preços como absurdos e destacou que a população precisa reconhecer quem está sendo o verdadeiro ‘vilão nessa história’. Segundo o presidente, o imposto federal está na casa de setenta centavos.
Em rota de colisão com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Bolsonaro disse lamentar que o estado paulista foi o que mais aumentou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) durante a pandemia.
“O vilão não é o governo federal. A gente lamenta que alguns estados do Brasil, como o maior estado economicamente ativo, foi o estado que mais aumentou o ICMS em plena pandemia. É lamentável isso”, discursou.
Sobre a pandemia do novo coronavírus, o presidente voltou a afirmar que o Governo Federal foi afastado das ações de combate à pandemia, devido ao isolamento social.
“Só o fato de obrigarem vocês a ficar em casa, ao decretarem toque de recolher e confinamento, jogaram praticamente na miséria em torno de quarenta milhões de pessoas no Brasil. O Governo Federal fez sua parte, criou o auxílio emergencial que acabou no fim das contas atingindo sessenta e oito milhões de pessoas”, declarou.
O pastor Silas Malafaia, que compunha a comitiva presidencial, em alusão ao STF, declarou que o supremo poder é o povo e não uma caneta de ministro do STF e que ninguém vai tirar um presidente legítimo com o voto do povo na caneta.
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello alvo de investigação em decorrência dos óbitos, também esteve presente na cerimônia.










