O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (28/1) que, “se Deus quiser”, o líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), será eleito presidente da Câmara dos Deputados. A disputa interna ocorre na próxima segunda-feira (1º/2), às 19h.

Bolsonaro cometeu um ato falho no discurso, ao afirmar que, uma vez eleito, o aliado passaria a ser o “segundo homem na linha hierárquica do Brasil” – o segundo na ordem sucessória é o vice-presidente, Hamilton Mourão. O presidente da Câmara é o terceiro.

“Amigos de Sergipe, amigos de Alagoas, se Deus quiser, na segunda-feira, teremos o segundo homem na linha hierárquica do Brasil, eleito aqui no Nordeste para a Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira. Se Deus quiser, o nosso presidente”, declarou o mandatário do país, durante discurso em agenda em Sergipe.

O chefe do Executivo já havia expressado publicamente o apoio a Lira em conversas com aliados. A quatro dias da eleição na Câmara, na qual só os deputados votam, Bolsonaro cita o nome do parlamentar, do qual se aproximou ao longo de 2020.

O principal adversário de Lira é Baleia Rossi (MDB-SP), presidente nacional do MDB e candidato do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem Bolsonaro passou a antagonizar frontalmente. Baleia conta com o apoio de siglas da oposição.

Nesta quinta, Bolsonaro inaugurou uma ponte sobre o Rio São Francisco, na BR-101, que liga cidades de Sergipe e Alagoas. Acompanham o presidente na agenda os ministros do Turismo, Gilson Machado, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A comitiva presidencial retorna a Brasília na tarde desta quinta.

Disputa na Câmara

O bloco de Lira conta com o apoio de PP, PSL, PL, PSD, Republicanos, Pros, Patriota, PSC, PTB e Avante — 249 parlamentares. O Podemos, com 10, apesar de não ter oficializado, deve seguir com ele, totalizando 259 deputados.

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