Durante um discurso emocionado no ato convocado por ele mesmo na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou mencionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e expressou o desejo de “passar borracha no passado”. Enquanto enfrenta uma investigação da Polícia Federal por suspeita de tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro pediu aos parlamentares que aprovem um projeto de anistia para perdoar aqueles condenados pelos atentados à Praça dos Três Poderes em janeiro de 2023.
Bolsonaro destacou a importância da pacificação e da busca por uma convivência pacífica, além de solicitar uma anistia para os indivíduos detidos em Brasília. Ele ressaltou que não quer mais ver crianças órfãs de pais vivos e apelou aos parlamentares por justiça.
Ao abordar as acusações de golpe, Bolsonaro refutou veementemente as alegações, delineando sua interpretação do que constitui um golpe e afirmando que nada do tipo foi perpetrado em seu governo. Ele também enfatizou seu compromisso com a constitucionalidade e negou ter convocado qualquer ação que se enquadrasse em um golpe.
Embora inelegível, Bolsonaro mencionou as eleições de 2024 e 2026, destacando a importância do voto e insinuando sobre o futuro político do Brasil. Ele reiterou seus ideais contrários ao socialismo, comunismo, ideologia de gênero e liberação das drogas, enquanto recordava suas realizações durante sua presidência.
O ato, convocado por Bolsonaro no último dia 12, reuniu seus apoiadores na Avenida Paulista para demonstrar apoio em meio às investigações da Polícia Federal. Durante o evento, os apoiadores vestiram camisas verde e amarelo, estenderam bandeiras do Brasil e de Israel, e expressaram seu apoio ao ex-presidente. Apesar da presença maciça, não foram registrados levantes, críticas ou ataques às instituições brasileiras.
A manifestação foi marcada por discursos emocionados, incluindo o da esposa de Bolsonaro, Michelle, que recordou os desafios enfrentados pelo ex-presidente e elogiou os valores e princípios cristãos defendidos pelos apoiadores.
