O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, neste domingo (9/10), acusações recentes feitas pela oposição. No sábado (8/10), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) associou o presidente da República ao canibalismo ao resgatar uma declaração dada por Bolsonaro na qual ele disse que “comeria o índio sem problema nenhum”.

A declaração, dada pelo mandatário em uma entrevista ao jornal americano The New York Times, em 2016, já foi explorada pela campanha do PT na primeira propaganda do segundo turno, na última sexta-feira (7/10).

“Eu sofro muito por essa espontaneidade, né? E eu pago um preço alto”, iniciou Bolsonaro em entrevista transmitida ao vivo ao podcast Pilhado, de Thiago Asmar.

“A esquerda faz muito bem esse trabalho. Agora estão falando duas coisas: a primeira que sou canibal, pô, é foda, né, tu aguentar um trem desse. A segunda é que o Collor vai ser ministro e nós vamos confiscar a aposentadoria dos aposentados. E jogam, é o tempo todo assim”, reclamou. “Então, os caras ficam em cima disso aí tentando amedrontar a população”, concluiu.

Bolsonaro também se queixou de acusações de que estaria tentando acabar com programas sociais, como o seguro defeso e o Bolsa Família. Ele fez propagandas do Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família e tem a marca da gestão Bolsonaro.

“Lula deixa Al Capone pra trás”

Na sequência, Bolsonaro fez críticas ao adversário, alegando que ele teria feito coisas piores que o gângster ítalo-americano Al Capone, líder de um grupo criminoso nos Estados Unidos. Ele voltou a explorar escândalos de corrupção no governo PT e negou casos de desvios em seu governo, apesar de investigações apontarem em sentido contrário.

“Não têm o que falar, não podem comparar com o Lula, é uma diferença enorme. Inclusive, o Lula deixou o Al Capone pra trás. Eu tenho pena do Al Capone, batedor de carteira. Entre outros que nós tivemos aqui pelo Brasil.”

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