O Brasil celebrou mais um feito histórico no esqui alpino neste domingo (26/1). Lucas Pinheiro Braathen, o brasileiro-norueguês que decidiu competir pelo nosso país em 2024, conquistou a medalha de bronze no slalom em Kitzbühel, na Áustria. Foi a terceira vez que o atleta subiu ao pódio nesta temporada.
Com um tempo total de 1:41.68 nas duas descidas, Braathen garantiu a terceira posição. Na primeira etapa, ele marcou 51.54, ficando entre os três melhores. Já na segunda, mesmo com um desempenho abaixo do esperado – 50.14, o 17º tempo –, o esquiador manteve-se no pódio, graças ao desempenho inicial.
A prova foi vencida pelo francês Clement Noel, que somou 1:41.49, seguido pelo italiano Alex Vinatzer, com tempo total de 1:41.58. Para Braathen, Kitzbühel não é uma pista desconhecida: ele já havia conquistado duas medalhas no local, ainda quando competia pela Noruega.
Consolidação nas pistas internacionais
Esta temporada marca a estreia de Braathen defendendo as cores do Brasil, e os resultados não poderiam ser melhores. Além do bronze em Kitzbühel, ele conquistou a prata no slalom gigante em dezembro em Beaver Creek, nos Estados Unidos, e no slalom no início deste mês Adelboden, na Suíça.
No ranking geral da temporada, o atleta ocupa a sétima posição. No ranking do slalom, ele está em quinto. O objetivo agora é disputar o Globo de Cristal, troféu concedido aos vencedores da temporada.
Braathen já levou o prêmio na temporada 2022/2023, ainda representando a Noruega. Meses após a maior vitória do esporte, em 2024, ele anunciou sua saída do time europeu para começar a competir pelo Brasil, país de sua mãe.
A próxima etapa será em Schladming, na Áustria, entre 28 e 29 de janeiro. Em seguida, virá o Campeonato Mundial de Esqui Alpino 2025, em fevereiro.
Braathen: um pouco brasileiro, um pouco “gringo”
A decisão de competir pelo Brasil veio após uma pausa na carreira. Braathen, que se aposentou do time norueguês em 2024, explicou que o período afastado das pistas o fez redescobrir o amor pelo esporte. “Mas nos meus próprios termos e com uma liberdade que me permitirá fazer a diferença”, afirmou em entrevista ao site oficial dos Jogos Olímpicos.
Apesar de ter nascido no Brasil e ter sido alfabetizado em português, o atleta de 24 anos admite que o idioma materno ficou em segundo plano durante a infância. “Por causa do esporte, sem poder mais visitar o Brasil, virei um pouco ‘gringão’ no português”, brincou sobre seu sotaque.
Braathen, afirma, porém, que tem muito orgulho de representar a bandeira brasileira e renovar não só sua história no esporte, mas também a própria participação brasileira em competições de inverno.
Com informações de Metrópoles