O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou, nesta quinta-feira (22/4), na Cúpula do Clima, O encontro foi convocado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e conta com a presença de 40 chefes de Estado.

Bolsonaro foi um dos últimos líderes a discursar. Antes dele, falaram o secretário-geral da ONU, António Guterres, e os chefes de Estado europeus e de países como Argentina, Indonésia e África do Sul.

O chefe do Executivo brasileiro reafirmou compromisso de acabar com o desmatamento ilegal até 2030 e reduzir pela metade as emissões de gases poluentes.

“Continuamos a colaborar com esforços mundiais contra mudança no clima. Somos um dos únicos países em desenvolvimento com metas absolutas de redução de emissões, inclusive para 2025, até 40% para 2030. Coincidimos com o seu chamado [Biden] ao estabelecimento de compromissos ambiciosos. Determinei que nossa neutralidade climática seja antecipada para 2050”, disse.

Eleito com agenda ambiental forte, em oposição à do ex-presidente Donald Trump, Biden é o responsável por uma pressão externa maior sobre o Brasil em razão do aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia.

Ao abrir a Cúpula do Clima, Biden anunciou que vai se comprometer com a redução das emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global.

Segundo Biden, a ideia é reduzir pela metade as emissões até o fim desta década. Os Estados Unidos são responsáveis por aproximadamente 15% das emissões de todo o planeta. Biden afirmou que esses “passos vão colocar os EUA numa rota de zero emissões até o fim de 2050”.

“Nós decidimos agir. Todos nós, principalmente vocês que representam as maiores economias, temos que dar um passo e agir. Cientistas nos dizem que esta é a década decisiva, onde fazemos decisões para impedir as piores consequências climáticas”, disse.

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