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A Polícia Judiciária de Portugal prendeu um brasileiro que estava foragido internacionalmente, no sábado (15). O homem, identificado como Ygor Daniel Zago, de 44 anos, foi preso em Lisboa junto da esposa, identificada como Fernanda Zago, de 40 anos.

De acordo com a Polícia Judiciária de Portugal, uma apreensão de 30 mil litros de metanol, em 2023, deu início a investigação que resultou na prisão do casal brasileiro. As autoridades portuguesas afirmaram, também, que durante a investigação foi descoberto a corrupção de funcionários públicos.

“A organização criminosa operava de forma organizada e estruturada, com uma clara divisão de funções, sendo que à frente da organização estava um dos elementos agora detido, responsável por tomar decisões relativas a todas as atividades da organização, emitir ordens aos subordinados e gerir os recursos financeiros do grupo criminoso”, diz o comunidade da polícia portuguesa.

Na conta bancária de Fernanda, segundo a polícia, foram encontrados valores que seriam fruto da atividade ilícita. Também foram localizados veículos de luxo utilizados por outros integrantes da quadrilha.

As autoridades portuguesas informaram que o casal se apresentaria ao Tribunal da Relação de Lisboa. A reportagem tenta localizar a defesa de Ygor e Fernanda, o espaço segue aberto.

Foragido internacional

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de Ygor, conhecido também como “Pitoco” e “Hulk”, e outros suspeitos pelos crimes de organização criminosa e lavagem de bens e valores.

Segundo a denúncia do Ministério Público paulista, o Ygor Zago seria integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e responsável por integrar um núcleo da organização criminosa que comercializa bebidas alcoólicas adulteradas com metanol.

O grupo atua pelo menos desde 2019, pela denúncia do Ministério Público, na capital, Região Metropolitana de São Paulo e no interior do estado. Ainda de acordo com o MP, Ygor ocupa “posição de destaque” dentro da organização.

“Ao que tudo indica, os representados capitaneavam organização criminosa que valia-se de uma rede de pessoas físicas e jurídicas, para transporte de metanol, utilizando-o em desacordo com as normas legais e regulamentares, para fraudar combustível em prejuízo dos consumidores”, afirma a denúncia.

O Ministério Pública destacou que a conduta “coloca em risco à saúde pública, o meio ambiente; a economia, em razão dos atos de lavagem praticados, além da corrupção de agentes públicos, a colocar em descrédito a integridade da própria Administração Pública”.

Ainda foi destacado na denúncia que o MP não sabia a localização de Ygor Daniel Zago, o que reforçava a “necessidade da prisão cautelar, sendo insuficiente a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão”.

O homem já foi condenado a 29 anos de prisão por tráfico internacional de drogas. Em 2021, Zago foi preso no litoral de São Paulo durante a “Operação Netuno”, da Polícia Civil de São Paulo, mas obteve habeas corpus para aguardar os recursos em liberdade.

Com informações de CNN Brasil.

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