A britânica Emma Tamsin Kelty, de 43 anos, desaparecida desde o último dia 13 no rio Solimões, entre os municípios de Coari e Codajás foi vítima de latrocínio (assalto seguido de morte). As investigações apontam para a possibilidade da desportista ter sido morta com dois tiros de espingarda quando estava acampada na ilha Boieiro, em frente a comunidade de Lauro Sodré, nas proximidades do município de Coari.
De acordo com a polícia, sete pessoas estariam envolvidas no latrocínio. Três já estariam presos, entre eles dois menores de idade de 17 anos. Um quarto acusado, identificado como Erinei Ferreira da Silva, o “Alfinete” foi preso em Coari. Já foram identificados também Artur Gomes da Silva, o “Beira”, Evanilson Gomes da Costa, o “Baía”, Erimar Ferreira da Silva, o “Chico” e seu irmão Nilson Ferreira da Silva, o “Zé Preto”, também irmãos de Erinei.
Depois de matarem a britânica, os acusados roubaram uma câmera GoPro, celular, tablet e dinheiro. As investigações apontam que os criminosos teriam tentado vender os objetos na comunidade de Lauro Sodré, onde foi apreendido um adolescente ontem (18) que em depoimento contou os detalhes do crime.

O adolescente disse que depois do crime eles jogaram o corpo da vítima nas águas do rio Solimões.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, por meio de nota, afirmou que está “apoiando a família da britânica após sua morte no Brasil”. Disse ainda que está em contato com as autoridades brasileiras.
Britânica viajava sozinha
Emma Kelty viajava de caiaque numa jornada que começou no Peru no mês passado e foi interrompida entre as cidades de Codajás e Coari (ambas no Amazonas), na beira do rio Solimões, com o desaparecimento dela.
A atleta usava as redes sociais para documentar a viagem pela Amazônia. No dia 12, um dia antes de seu sumiço, afirmou no Twitter ter avistado de 30 a 50 homens “armados de rifles e flechas” em barcos.
Em um twitter no último dia 10, ela ironizou o perigo da região: “Em Coari ou perto (a 100 quilômetros acima do rio) meu barco será roubado e eu serei assassinada. Legal”.
Outra mensagem, mas esta postada no Instagram, Emma disse: “Curry night na minha ilha deserta”.
Segundo escreveu em um blog, o plano era descer o rio “sem apoio ou assistência”. A postagem foi feita em 9 de agosto, quando ela ainda estava em Iquitos, no Peru. No fim do texto, disse que estava ciente das dificuldades, mas que não tinha nenhum arrependimento.







