Em um dos cofres apreendidos na operação do MP-AM, que resultou na prisão do vereador Rosinaldo Bual (no detalhe), foram encontrados R$ 390 mil em espécie (Montagem Fato Amazônico)

O vereador Rodrigo Guedes (PP), declarou em nota distribuída à imprensa, que o vereador Rosinaldo Bual (Agir) “não reúne condições de continuar representando a Casa Legislativa”. A Justiça já decidiu pelo afastamento do investigado das funções parlamentares por 120 dias

Bual foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga a associação do vereador a um esquema de rachadinha na CMM.

“Reforço a expectativa de que a Comissão de Ética adote as providências cabíveis, considerando a gravidade das investigações em curso”.

De acordo com a Nota, Guedes repudia “veementemente qualquer ato ilícito no âmbito do parlamento, por serem condutas criminosas e absolutamente incompatíveis com a responsabilidade do cargo público”.

A presidência da Comissão de Ética da CMM é ocupada pelos vereadores Joelson Silva (Avante) Everton Assis (União Brasil), presidente e vice respectivamente e como membros titulares os vereadores Thaysa Lippy, Eduardo Alfaia, Professor Samuel, Marcelo Serafim e Roberto Sabino.

 Para entender

O vereador de Manaus, Rosinaldo Bual (Agir), foi preso na manhã desta sexta-feira 03, durante a operação “Face Oculta”, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MPAM). A chefe de gabinete do parlamentar, também, foi presa. A ação cumpriu dois mandados de prisão e 17 de busca e apreensão e tem por objetivo investigar suposto esquema de “rachadinha” na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

O parlamentar foi encaminhado para o 19º DIP (Distrito Integrado de Polícia).

Em entrevista coletiva, o promotor de justiça Leonardo Tupinambá do Valle, do Gaeco, informou que as investigações apontam para uma alta rotatividade de funcionários no gabinete do vereador, com cerca de 50 pessoas contratadas que supostamente devolviam até metade de seus salários. O dinheiro seria recebido por quatro a cinco pessoas da equipe do parlamentar antes de ser revertido em seu benefício.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos três cofres e uma “expressiva quantia em dinheiro” nos endereços ligados ao vereador. Segundo o promotor, a quantidade de dinheiro era tão significativa que foi necessário o uso de uma máquina de contagem de cédulas para apurar o valor total. Também foram encontrados dois cheques de R$ 500 mil cada, endereçados a um dos investigados.

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