Igo Estrela/ Metrópoles

Após uma série de reuniões e planejamentos, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) decidiu que caminhões não poderão entrar na Esplanada dos Ministérios ou se aproximar do Supremo Tribunal Federal (STF) em 7 de setembro. A pasta coordena as ações de segurança para a data comemorativa.

A intenção é evitar que manifestações como as de 2021 ocorram. Na ocasião, grupos bolsonaristas furaram o bloqueio da polícia e se aproximaram da Suprema Corte. Os caminhoneiros ficaram no local por cerca de uma semana, provocando tensão na Praça dos Três Poderes.

A decisão foi tomada após seis meses de reuniões com o STF e tem como objetivo evitar danos aos prédios públicos ou ameaças a autoridades.

O STF incluiu a data como situação de “elevado risco” devido aos protestos convocados pelo atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Assim, a Secretaria de Segurança Pública proibiu a entrada de qualquer tipo de veículo na Esplanada durante o evento. Haverá bloqueios em diversos locais para evitar a entrada de manifestantes hostis.

Caso caminhoneiros queiram participar do evento cívico, eles serão redirecionados. Em 2021, as principais reivindicações dos protestos foram a adoção do voto impresso e a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo estimativas extraoficiais, 400 mil pessoas passaram pela Esplanada durante os atos.

 

Atuação

Órgãos locais e federais atuarão de forma integrada em apoio ao desfile cívico-militar, no dia 7 de setembro, e às demais agendas que compõem a “Semana da Pátria” e possíveis atos populares marcados para o período.

Um protocolo de ações integradas foi elaborado e pactuado a partir de reuniões, com participação ativa dos envolvidos, com base em levantamentos de inteligência, a segurança de participantes, mobilidade urbana e preservação do patrimônio público.

Além de intervenções no trânsito, o documento prevê ações de policiamento, relação de objetos proibidos, reforço nos atendimentos de emergência e de delegacias específicas para registro de ocorrências. O monitoramento das áreas envolvidas ocorrerá em tempo real, por meio das câmeras de videomonitoramento, distribuídas na área central de Brasília, por pontos de observação instalados pela segurança pública em locais estratégicos e pela inteligência, com monitoramento de redes sociais entre outros.

As imagens e informações serão enviadas ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), da SSP/DF, que, além poder reunir 29 órgãos e agências diariamente, contará com a participação de representantes dos órgãos envolvidos que, sob a coordenação da Pasta, poderão fazer ajustes no planejamento prévio, a partir de análises de imagens e cenários.

(Metrópoles)

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