Bloqueio de caminhoneiros em Goiás, na GO-020Vinícius Schmidt/Metrópoles

Alguns grupos de caminhoneiros próximos a Jair Bolsonaro estão articulando manifestações, nesta segunda-feira (3/10), caso Lula vença as eleições no primeiro turno. Outras lideranças do segmento, contudo, não estão apoiando o movimento e garantem que a adesão não é majoritária na categoria.

Em conversa com a coluna neste domingo (2/10), o presidente do Sindicato de Caminhoneiros de São Paulo, Norival de Almeida, disse que as lideranças “de forma alguma” apoiam qualquer manifestação antidemocrática.

“A vontade do povo vai se mostrar nas urnas, e vamos respeitar. Independentemente de ser Lula ou Bolsonaro. Não existe e não irá existir adesão majoritária a qualquer tipo de manifestação contestando o resultado da eleição”, disse Norival.

Para o presidente do sindicato paulista dos caminhoneiros, supostos líderes de caminhoneiros que defendem uma ruptura democrática são “indivíduos isolados” agindo por ambições políticas pessoais.

O líder de caminhoneiros Wallace Landim, conhecido como “Chorão“, também criticou em conversa com a coluna lideranças que, segundo ele, foram cooptadas por políticos e usam o segmento como “massa de manobra”.

“O Zé Trovão, que surgiu no ano passado, foi uma suposta liderança criada por políticos como Sergio Reis e Carla Zambelli. Me ofereceram dinheiro para colocar caminhões em Brasília a favor do presidente, mas eu não participo desse tipo de coisa, e aí eles levantaram esse ‘sujeito’”, disse Chorão.

Assim como Norival, Chorão reconhece que uma parte dos caminhoneiros apoie Jair Bolsonaro e estariam dispostos a se envolver em um golpe, mas garante que não é a maioria.

(Metrópoles)

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