Na segunda noite de apresentação no 52° Festival Folclórico de Parintins (a 326 quilômetros de Manaus), o Boi Caprichoso abriu apostando no viés afro descendente com pés fincados na força da encantaria. O apresentador Edmundo Osran entrou cantando “A Cor do Meu País” levando a galera azul e branca ao delírio na arquibancada.
O bumbá começou com a alegoria do artista Jucelino Ribeiro, a Lenda Amazônica “Dom Sebastião”, que trouxe em sua coroa a rainha do folclore Brenda Dianná e contou a história que se passa nas praias dos lençóis maranhenses, com ênfase a cidade encantada representada por Parintins, na visão do Boi Caprichoso.
O Caprichoso trouxe ainda o Curupira, com alegoria do artista Algles Ferreira. O Vaqueiro da Várzea será a Figura Típica Regional, com alegoria de Francinaldo Guerreiro, cuja o ápice é um mergulho nos desafios e nas encantarias como a crença nos ‘bichos do fundo’.
E no segundo ato da noite veio a estreante da arena, sinhazinha da fazenda, Valentina Cid, de apenas 17 anos, que é bisneta de Roque Cid, fundador do boi Caprichoso. Ela é filha de Karina Cid que já foi sinhazinha da fazenda do azul de branco.
Em segundo verso da noite Príncipe do Boi, amo do touro negro homenageou a sinhazinha da fazenda. Enquanto ele cantava veio do alto o boi Caprichoso.
Porta-estandarte, Marcela Marialva, deu um susto na galera azul e branca quando escorregou na alegria. Ela teve dificuldades para sair e fiscais do Caprichoso tiveram de ajudar o item a descer da alegoria, mas Marcela não perdeu o rebolado e evoluiu no chão na arena para avaliação dos jurados e sua torcida.
No quarto verso, Príncipe do Boi resolveu provocar a torcida do Garantido. E veio a cunhã, Marciele Albuquerque que evoluiu enquanto as tribos coreografadas se posicionavam para o ritual Kupe-Dyep de onde aparece o pajé Neto Simões que evoluiu para os jurados e a galera azul e branca
Ao final da apresentação, Príncipe do Boi tirou mais um verso levando a torcida do Caprichoso enquanto a Marujada deixou a Arena do Bumbodrómo com David Assayag cantando a toada Povo Festeiro da Ilha.
(Equipe Fato Amazônico)
