No entanto, o corpo da mulher não apresentava sinais de violência e o caso foi registrado, em um primeiro momento, como suicídio, enquanto as investigações prosseguiam. Os policiais apuraram que Samara havia passado por uma forte depressão após a morte da mãe, que morava na casa maior do lote. A jovem passou a usar drogas, remédios controlados, álcool e morava sozinha na propriedade que contava com outras duas casas menores.
Convite mortal
Sozinha e sem parentes, Samara convidou um casal para morar na casa que era da mãe dela. O caso sofreria uma reviravolta no último dia 20, quando os dois suspeitos do crime brigaram e o homem foi preso por violência doméstica e levado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam). Na delegacia, a mulher delatou o companheiro, afirmando que ele havia enforcado Samara até a morte com um mata-leão.
A mulher relatou ainda que, na noite do crime, havia saído de casa para comprar um lanche para o companheiro e para Samara e, quando entrou na residência, flagrou o momento em que o homem sufocava a dona da propriedade. No decorrer das apurações, a versão da mulher também caiu por terra. Os policiais descobriram que o casal havia comentado com outros usuários de drogas que haviam assassinado Samara juntos.
Além disso, o laudo cadavérico apontou que a vítima morreu após asfixia por meio físico-químico, secundária a enforcamento. Também consta no laudo que não foram encontradas outras lesões traumáticas sugestivas de luta ou agressão. Assim, pelo fato de não terem sido encontradas outras lesões em Samara, há fortes indícios de que a suspeita tenha mentido em seu depoimento quando disse ter apenas presenciado o companheiro dando um mata-leão na dona do lote.
O caso é investigado pela 15ª DP. Com informações de Metrópoles.