Foto: Divulgação

A família de Débora Silva Alves, 18 anos, encontrada morta no dia 3 de agosto de 2023, inconformados até hoje com a versão de Gil Romero Machado, que afirmou ter jogado o corpo do próprio filho no meio do rio, voltaram na manhã desta sexta-feira (3) ao local onde o corpo da jovem foi achado e encontraram uma suposta ossada humana que pode ser do pequeno Arthur, o bebê que ela esperava na época do crime.

Segundo as primeiras informações, os restos mortais estavam em uma área de mata próximo a uma usina na comunidade Parque Mauá, no bairro Mauazinho, Zona Leste da capital amazonense.

Familiares contaram que nunca acreditaram na versão do assassino de Débora, Gil Romero. Em depoimento, Gil disse à polícia que o corpo da criança foi colocado em um saco de estopa junto com barras de ferro e que, após o crime, Gil Romero foi até o porto da Ceasa, pegou um barco com um catraieiro e atravessou o rio Negro até o município de Careiro. Lá, o homem jogou o corpo do bebê no rio.

“Nós familiares, ninguém acreditou nessa conversa. Então ontem nós resolvemos vir aqui e vasculhando, bem onde estava o tonel tinha uma lona e estava debaixo dessa lona as partes que eu acredito ser do crânio dessa criança”, disse o pai de Débora, José Junior.

Peritos da Polícia Civil estiveram no terreno e confirmaram que a ossada é humana. A partir de agora, eles irão investigar se ela é mesmo do bebê que Débora esperava quando foi brutalmente assassinada.

Entenda o Caso

Depois de preso policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Gil Romero Machado assumiu a autoria do assassinato de Débora da Silva Alves, e confessou ter jogado o corpo do bebê que ela estava esperando no rio, em uma região entre Manaus e Careiro da Várzea.

De acordo com delegada-adjunta da especializada Deborah Barreiros, durante coletiva de imprensa no dia 10 de agosto, o Romero teve ajuda de ‘Nego’ para matar Débora, mas depois ficou sozinho no trabalho e decidiu ocultar o cadáver do bebê que a vítima esperava, para dificultar as investigações da polícia.

“Ele disse que se desesperou, pegou uma faca de pão que se encontrava lá no local onde ele trabalhava, abriu a barriga da moça, desceu novamente onde estava o tonel, abriu o tonel, e com a faca de pão extraiu a criança que já estava morta. Então ele pegou um saco de estopa, encheu de objetos metálicos, resto de obras, o que ele encontrou, fechou aquele saco, colocou em outro saco, colocou isso tudo no porta-malas do carro dele, chegou a dar carona para um vigilante que precisava pegar ônibus mais a frente no final do expediente, foi ao porto do Ceasa, estacionou o carro dele, pegou um mototáxi com aquela sacola, foi até o porto, viu um catraieiro que inclusive não se poupe em nos procurar porque ele não cometeu crime algum, resolveu atravessar para o lado do Careiro e no meio do rio, ele arremessou esse saco, que afundou imediatamente devido ao peso, então estava ele e o catraieiro que perguntou o que ele tinha jogado, e ele disse: ‘um resto de obra’. Pagou o dinheiro do catraieiro e depois pegou outro catraieiro e voltou para Manaus”, detalhou a delegada.

Ainda segundo a delegada, o suspeito fugiu após o crime para o Pará, e só disse à família que havia feito uma ‘grande besteira’.

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