O advogado Mozart Ribeiro Bessa Neto, representante de Hatus Moraes Silveira, 29 anos, anunciou neste sábado (8) que irá solicitar a revogação da prisão preventiva ou a concessão de liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica para seu cliente. Hatus foi preso na sexta-feira (7) durante uma nova fase da Operação Mandrágora, que investiga o possível tráfico de cetamina, droga envolvida na morte da ex-sinhazinha do Garantido, Djidja Cardoso.

Em entrevista ao Fato Amazônico, Mozart Bessa explicou que Hatus apresenta condições de saúde que não permitem sua manutenção em uma unidade prisional. “A unidade tem estrutura, mas nas condições em que ele se encontra, nessa peculiaridade, não há motivos para mantê-lo preso”, afirmou o advogado. Ele também informou que fez um pedido na audiência de custódia, mas não foi apreciado pela juíza Dinah Câmara Fernandes Abrahão. “Terei de pedir autorização do Tribunal de Justiça para que um juiz de primeiro aprecie o pedido”.

Segundo o advogado, no momento da prisão, Hatus estava se auto aplicando uma substância chamada potenay, que é um complexo de proteína usado para animais e não um anabolizante. “As pessoas entendem que essa substância é um anabolizante, mas é um complexo de proteína usado para animais”, esclareceu Bessa, afirmando ser triste a situação de seu cliente.

Mozart Bessa destacou ainda que a dependência de substâncias não se restringe apenas a drogas como cocaína ou maconha. “Quero enfatizar que quando se abre o termo usuário, a dependência não envolve só uma cocaína ou maconha. Existem outras substâncias nas quais as pessoas se viciam. O Hatus encontrou [o vício] no potenay”, concluiu o advogado.

Operação Mandrágora

A Operação Mandrágora foi deflagrada após a morte de Djidja Cardoso, que ocorreu no mês passado. A ex-sinhazinha do Boi Garantido foi encontrada morta em sua casa na Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, e as investigações apontam para uma possível overdose de cetamina. A mãe e o irmão de Djidja lideravam uma seita religiosa que utilizava a droga em seus rituais, e são suspeitos de comandar um esquema de tráfico de cetamina.

As investigações continuam e a prisão de Hatus Silveira é parte dos esforços para esclarecer todos os detalhes sobre o tráfico da droga e o envolvimento dos membros da seita na morte de Djidja Cardoso.

Nesta sexta-feira (7) na segunda fase da operação além da prisão preventiva de Hatus Silveira, o ex-namorado de Djidja Cardoso, identificado como Bruno Roberto da Silva Lima, 26, teve a prisão temporária decretada. Os funcionários da Max Pet, localizada no bairro Redenção, zona Centro-Oeste, identificados como Emicley Araujo Freitas Junior, 21 anos (prisão temporária) e Savio Soares Pereira, 23 anos (prisão preventiva).

De acordo com a polícia os funcionários acabavam auxiliando o proprietário do Max Pet no esvaziamento de provas, onde retiraram itens prejudicando a investigação.

O proprietário do Max Pet, o empresário José Máximo Silva de Oliveira, que era considerado foragido por não ter comparecido ao 1º Distrito Integrai de Polícia, após diversas intimações, se entregou na manhã deste sábado (8).

Max, como é conhecido é dono da loja de produtos veterinários Max Pet, localizada no bairro Redenção, Zona Centro-Oeste. Segundo a polícia, ele revendia ketamina para a ‘seita’ da família Cardoso.

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