Sean Diddy Combs no Met Gala em Nova York • Reuters/Eduardo Munoz

Promotores federais adicionaram duas acusações criminais contra o magnata da música Sean “Diddy” Combs, um mês antes de seu julgamento em Nova York por tráfico sexual.

De acordo com uma nova acusação apresentada nesta sexta-feira (4), Combs foi acusado de mais um crime de tráfico sexual e mais um crime de transporte para envolvimento em prostituição relacionado à “Vítima-2”. As autoridades alegam que esses atos ocorreram entre 2021 e 2024.

Anteriormente, Combs já havia sido acusado de conspiração para extorsão e transporte para prostituição em relação a três vítimas, além de um crime de tráfico sexual envolvendo apenas a “Vítima-1”. Com as novas acusações, ele agora enfrenta cinco acusações federais.

A seleção do júri para seu julgamento está marcada para começar em 5 de maio. Combs se declarou inocente.

Quando contatados para comentar, os advogados de Combs afirmaram: “Essas não são novas alegações nem novos acusadores. São as mesmas pessoas, ex-namoradas de longa data, que estiveram em relacionamentos consensuais. Essa era a vida sexual privada deles, definida pelo consentimento, não pela coerção.”

Os promotores alegam que Combs e seus associados usavam sua posição de poder para coagir mulheres, muitas vezes sob o pretexto de um relacionamento romântico, a participar de atos sexuais. Segundo a acusação, durante esses encontros, chamados de “Freak Offs”, as mulheres eram drogadas e forçadas a ter relações com prostitutos masculinos. Esses eventos, que duravam dias, teriam sido gravados em vídeo.

Os advogados de Combs sustentam que nenhum crime foi cometido e que os encontros sexuais foram “consensuais” e faziam parte de relacionamentos duradouros.

Combs também é acusado de reagir violentamente quando sua autoridade era desafiada. Em um dos incidentes descritos na acusação, ele teria “pendurado uma vítima pela sacada de um apartamento” e estaria envolvido em sequestro e incêndio criminoso.

Os promotores revelaram ainda, em um novo documento judicial, que quatro acusadoras deverão testemunhar no julgamento.

A “Vítima-1”, que foi namorada de longa data de Combs, planeja testemunhar usando seu nome verdadeiro. Os promotores pediram que as outras três supostas vítimas possam depor sob pseudônimos.

“Este caso já recebeu uma quantidade excepcional de cobertura da mídia, que provavelmente aumentará à medida que o julgamento avançar. Permitir essas medidas evitará a exposição desnecessária das identidades das vítimas e o assédio da mídia e de outras pessoas”, escreveram os promotores em um documento apresentado nesta sexta-feira.

Além disso, afirmaram que “a divulgação dos nomes dessas três vítimas lhes causaria constrangimento, ansiedade e estigma social”. As acusadoras disseram temer que seus depoimentos afetem suas relações pessoais e futuras oportunidades de emprego.

Segundo os promotores, as identidades já são conhecidas por Combs e seus advogados.

Juízes já permitiram que vítimas testemunhassem sob pseudônimos em outros casos de grande repercussão, incluindo o julgamento por tráfico sexual de Ghislaine Maxwell, ex-namorada e cúmplice de Jeffrey Epstein.

Com informações de CNN Brasil.

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