TV GLOBO / Alex Carvalho

O nome da atriz Cássia Kis entrou nos holofotes nesta semana após declarações homofóbicas que partiram da veterana durante uma live com Leda Nagle. Após Lúcia Veríssimo mostrar a “hipocrisia” da colega de profissão com uma foto dando um beijão na atriz, a revista Veja recuperou uma entrevista com Kiss, feita em agosto de 1997.

Eleitora do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e defensora da “família tradicional brasileira”, ela foi uma das 80 mulheres que assumiu à revista, em 1997, ter feito um aborto — tema tabu na época da publicação.

Falas de Cássia Kis

Cássia Kis, de 64 anos, fez declarações polêmicas ao participar de uma live com a jornalista Leda Nagle. A atriz afirmou ser católica, disse que estão “destruindo a família” e criticou relações homoafetivas, além de dizer que a pandemia foi “maravilhosa” para ela.

Ela chegou a dizer que as “famílias tradicionais” estão ameaçadas pela “ideologia de gênero” e que algumas escolas possuem um “beijódromo” para as crianças se relacionarem. Porém, não apresentou nenhuma prova de que o local de fato exista.

“O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana? Porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?”, disse a atriz.

Após as declarações, a Globo repudiou os ataques da atriz, que está no elenco da novela Travessia, folhetim das 21h de Glória Perez. Além disso, Márcia Mercury, filha de Daniela Mercury e Malu Verçosa, denunciou a veterana ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por LGBTfobia.

(Metrópoles)

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