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Famoso pelo efeito de formigamento na boca, o jambu é uma planta típica da culinária amazônica que também tem sido utilizada em infusões com fins terapêuticos. Rico em compostos bioativos, o chá de jambu é citado por nutricionistas como uma opção com potencial diurético, anti-inflamatório e até afrodisíaco.

Com o nome científico Acmella oleracea, o jambu é uma planta nativa da região Norte do Brasil e bastante presente na culinária paraense, especialmente no tacacá e na maniçoba. A sensação de dormência se deve ao espilantol, substância de ação anestésica natural.

Além dos efeitos sensoriais, a planta concentra nutrientes necessários para o organismo. “O jambu contém vitamina C, além de minerais como ferro, cálcio e potássio. Esses nutrientes são importantes para a imunidade, saúde óssea e equilíbrio dos líquidos no corpo”, explica a nutricionista Arabela Araújo, de Brasília (DF).

Ela acrescenta que, embora faltem estudos clínicos específicos sobre o chá, ele é rico em compostos com potencial terapêutico e, em algumas culturas, já é usado como parte de práticas naturais para fortalecer o corpo.

De acordo com Maria Catarine Camargo, nutricionista com abordagem em emagrecimento saudável e hipertrofia, também de Brasília (DF), o chá tem efeito anti-inflamatório e antioxidante principalmente pela presença de vitamina C. Por isso, ele auxilia no sistema imunológico e tem ação anti-inflamatória. Alguns estudos apontam que a planta possui flavonoides e outros compostos antioxidantes que ajudam a combater os radicais livres.

O jambu possui espilantol, que é um anestésico natural, então ajuda no combate às dores bucais e de garganta”, conta Maria Catarine.

Principais benefícios do jambu

  • Combater infecções na boca e garganta;
  • Melhorar a digestão;
  • Combater a prisão de ventre;
  • Evitar anemia;
  • Favorecer a perda de peso;
  • Prevenir o envelhecimento precoce.

Contraindicações

O consumo do chá, apesar dos benefícios, precisa ser feito com controle, já que o espilantol pode causar desconfortos quando ingerido em quantidades elevadas, incluindo náuseas e irritação. Catarine sugere tomar a bebida em poucas quantidades e, ainda sim, intercalar com outros diuréticos.

“Eu colocaria no máximo uma xícara de 200 ml por dia. Também é importante intercalar com outros diuréticos ou chás que têm potencial anti-inflamatório, como o chá verde ou o chá preto”, aconselha a especialista Maria Catarine.

As nutricionistas alertam que existem alguns grupos que devem evitar a bebida ou consumi-la apenas com recomendação médica. Entre eles, destacam-se:

  • Pessoas com hipertensão: o efeito diurético do chá pode interferir na pressão arterial e interagir com medicamentos de uso contínuo;
  • Gestantes e lactantes: pela falta de comprovação científica sobre a segurança do jambu tanto para a mãe quanto para o bebê, o uso não é recomendado durante a gestação ou o período de amamentação;
  • Pessoas com pressão baixa: pode intensificar a dilatação dos vasos, provocando queda de pressão ou interações medicamentosas indesejadas.

O efeito anestésico da planta tende a se concentrar na boca, sem grandes impactos para o trato gastrointestinal. “Esse efeito é mais localizado na mucosa oral e geralmente não chega a afetar o estômago ou intestino de forma significativa. Mas, em pessoas mais sensíveis, pode causar algum desconforto se consumido em excesso”, diz Arabela.

Com informações de Metrópoles.

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