O corpo encontrado em Santos (SP) com ao menos 30 tiros e uma corda entre as mãos e as pernas era de Marcelo Gonçalves Cassola (foto em destaque), chefe do Setor de Identificação do Palácio da Polícia Civil. A informação foi repassada pela própria corporação. Um homem foi preso portando o cartão de crédito da vítima na mesma cidade onde ocorreu o crime.
O agente, que comandava os papiloscopistas, foi achado morto por policiais militares na segunda-feira (22/8), por volta das 21h30. Os PMs faziam ronda na Avenida Francisco Ferreira Canto, no bairro da Caneleira, quando encontraram o cadáver e as cápsulas das balas deflagradas. Marcelo foi alvejado por uma arma calibre 9 milímetros e um fuzil.
Marcelo Gonçalves Cassola era diretor do Sindicato dos Policiais Civis da Baixada Santista e chefe do Setor de Identificação do Palácio da Polícia. Este setor é responsável, entre outras coisas, pelo Registro da Carteira de Identidade e por emitir atestado de antecedentes criminais.
Desde julho, foram registradas pelo menos 13 execuções na Baixada Santista, em cidades como Santos, Guarujá, Cubatão e Peruíbe. Na maioria delas, as vítimas estavam com mãos e pés amarrados.
Uma delas foi um ex-agente penitenciário de 53 anos, cujo corpo foi encontrado às 20h da última sexta-feira (20/8), sob o viaduto da Rodovia dos Imigrantes, em Cubatão.
A polícia registrou, apenas na última semana, ao menos sete homicídios. As investigações sobre os casos correm em sigilo. Ainda não se sabe se há relação entre eles.