Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Chile volta às urnas neste domingo (17/12) em mais uma tentativa de dizer se concorda ou não com uma nova Constituição, que substituirá a que está em vigor, de 1980, confeccionada durante a ditadura de Augusto Pinochet.

O país está em um clima de incerteza quanto à Carta Magna que vai suceder a do antigo regime. Há três anos, quase 80% da população votou para redigir uma nova Constituição, após violentos protestos contra a desigualdade no país. Uma primeira reescrita da Constituição chegou a ser feita, com foco em benefícios sociais, direitos ambientais, paridade de gênero e direitos indígenas.

O texto da esqueda, porém, foi rejeitado por 62% dos chilenos em plebiscito de setembro deste ano.

Em seguida, um conselho composto majoritariamente pela direita começou a redigir uma nova proposta. A maior representação dentro desse conselho é do Partido Republicano, organização de extrema-direita fundada pelo ex-candidato à presidência José Antonio Kast. Esta é a segunda proposta que irá a votação neste domingo.

Boric sob pressão

Empossado em março de 2022 após derrotar o candidato da extrema-direita José Antonio Kast, o esquerdista Gabriel Boric foi um dos responsáveis por pressionar o então líder de direita Sebastián Piñera a dar início ao processo constitucional em 2019.

Se o projeto for rejeitado neste domingo, será uma vitória para ele. Se, porém, for aprovado, será uma derrota para um presidente já com popularidade em baixa.

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