O membro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Marcelo Weitzel, relator das acusações de abuso de poder feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o procurador Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Lava Jato, votou contra a punição do coordenador da operação em Curitiba. A acusação refere-se ao arquivo de Power Point usado pelo procurador em uma entrevista coletiva quando apresentou a denúncia contra o presidente.

O julgamento do processo foi retomado nesta terça-feira (25/08) pelo conselho, que incluiu uma série de pautas cujos julgamentos tinham sido adiados ou matérias remanescentes de sessões anteriores. Weitzel alegou que o caso já foi investigado e arquivado pela Corregedoria do órgão e pela Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal (MPF) antes que a defesa do ex-presidente tivesse apresentado qualquer recurso.

“Nunca houve qualquer reclamação contra essas decisões. Sequer um recurso foi apresentado, o que indica que houve concordância”, disse.

Ele ainda rechaçou o argumento dos advogados de Lula de que Dallagnol agiu por motivação política. Segundo ele, a defesa não apontou “qual ou quais seriam essas manifestações, haja vista que a expressão política é algo que assume enorme alcance, não sendo por si só algo proibido a membros do MP”.

Na semana passada, esse julgamento havia sido adiado pela 41ª vez. A defesa do ex-presidente recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que o conselho seguisse com a análise antes da prescrição do caso, prevista para o dia 14 de setembro. O ministro Edson Fachin, diante do recurso, pediu explicações ao conselho sobre os motivos do adiamento. Com isso, o assunto foi mantido na pauta e seu julgamento ocorre nesta terça-feira. (Metrópoles)

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