A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, se manifestou sobre as paralisações em algumas rodovias do país, nesta segunda-feira (31/10). A entidade representativa disse ser contra a intervenção dos caminhoneiros.
Os trabalhadores bolsonaristas estão reunidos nas principais rodovias do país desde o início da madrugada desta segunda como uma forma de protesto contra o resultado das urnas, que atestaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os bloqueios realizados pelos caminhoneiros se concentram em 16 estados da Federação e contam com 136 pontos fechados nas rodovias federais que cortam o país, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo a PRF, há bloqueios nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Acre, Rio Grande do Norte, Roraima, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Paraná.
Direito de ir e vir
Diante da situação, a CNT afirmou: “A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto, defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas. Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis”, disse no documento.
A confederação ainda completou: “Temos convicção de que as autoridades garantirão a circulação de pessoas e de bens por todo o país com segurança, entendendo que qualquer tipo de bloqueio não contribui para as atividades do setor transportador e, consequentemente, para o desenvolvimento do Brasil”, disse.