A comissão executiva do Comitê Olímpico Internacional (COI) se reunirá nesta quinta-feira (14) por videoconferência para debater as consequências da pandemia do coronavírus no esporte, que provocou o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020 para 2021.
Embora algumas federações internacionais com sede na Suíça, como a Fina (natação), já permitem o retorno parcial de seus funcionários aos escritórios, o trabalho de casa segue sendo a norma na maioria das entidades, como no próprio COI.
As grandes reuniões também continuam sendo realizadas à distância, como o Congresso da Fifa, programado inicialmente para setembro em Adis Abeba, na Etiópia, mas que finalmente acontecerá ‘online’ em 18 de setembro.
O 136ª Congresso do COI, previsto para a véspera da abertura dos Jogos de Tóquio, em julho, também se adaptará. O executivo olímpico deverá validar nesta quinta-feira que a reunião seja realizada “à distância, com um sistema eletrônico de segurança”.
O governo do COI se pronunciará sobre outras questões, incluindo a possibilidade de eleger novos membros.
Gianni Infantino, presidente da Fifa, foi eleito membro em janeiro e está previsto que o presidente da World Athletics (federação internacional de atletismo), o britânico Sebastian Coe, o seja em julho.
A vez de Coe
Foi isso que Thomas Bach, presidente do COI, deixou entender em janeiro. Embora a candidatura do inglês não tenha sido apresentada na sessão de janeiro de 2020 devido “ao risco de conflito de interesses”, a porta “segue aberta para Coe em Tóquio”, declarou na época o dirigente alemão.
Bach havia criticado o fato de Coe ter mantido as funções de presidente executivo de uma empresa de marketing esportivo, a CSM Sport.
O planejamento do calendário olímpico de 2020 mudou completamente com o surgimento do coronavírus, que provocou mais de 290.000 mortes no mundo e paralisou praticamente todos os esportes profissionais por mais de dois meses.
Em 24 de março, o COI anunciou o adiamento dos Jogos de Tóquio, inicialmente previstos de 24 de julho a 9 de agosto de 2020, pela primeira vez na era moderna para o movimento olímpico em tempos de paz. (Gazeta Esportiva)