Veja – Novos confrontos entre manifestantes e policiais ocorreram na terça-feira em Bogotá e Neiva, no sul da Colômbia, marcando o sexto dia de protestos contra a política econômica e social do governo, durante o qual a multidão pediu justiça pela morte de Dilan Cruz, de 18 anos, a primeira vítima dos distúrbios no país.

Na capital, encapuzados armados com coquetéis molotov, pedras e outros objetos atacaram a polícia em frente à Universidade Nacional, onde centenas de estudantes protestavam contra o que consideram um “crime de Estado”.

A polícia usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para tentar dispersar quem ainda permanecia em frente à instituição de ensino.

Alguns estudantes entravam e saíam da universidade com pedras e bombas caseiras para lançar nos agentes. Alguns focos de incêndio foram formados na rua, e o trânsito foi totalmente interditado. Muitas pessoas que estavam no transporte público precisaram continuar o caminho a pé. Para dificultar a ação policial, os estudantes apontavam um laser verde em direção ao rosto dos agentes.

Pela manhã, centenas de estudantes da mesma universidade bloquearam a avenida que leva ao aeroporto de Bogotá para pedir justiça pela morte de Dilan Cruz e protestaram contra o governo jogando futebol em plena estrada.

A morte de Cruz, confirmada na noite passada, comoveu o país e tornou o jovem um símbolo de resistência após passar três dias internado no hospital com ferimentos graves na cabeça devido a uma bomba de efeito moral lançada no sábado pela polícia durante um protesto no centro de Bogotá.

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