O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta segunda-feira (13/12), que o Brasil deve ter mais que 11 casos confirmados de pessoas acometidas pela variante Ômicron do coronavírus. A declaração foi feita durante a manhã, em evento na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Na ocasião, foi inaugurado um Biobanco Covid-19, que servirá para processamento e armazenamento de amostras biológicas para pesquisa e desenvolvimentos tecnológicos.

Queiroga exaltou o trabalho de pesquisa para a identificação de novas variantes do coronavírus. O titular da Saúde pontuou que o Brasil tem 11 casos registrados da variante Ômicron, mas que a mutação “com certeza” já impactou outras pessoas.

“Vivemos estreitados com outras possíveis variantes da Covid, como é o caso da variante Ômicron. Já foram identificados 11 casos aqui no Brasil e com certeza deve haver mais”, afirmou.

O ministro também defendeu, novamente, que não deve haver “punição” para países que identificam novas variantes pela primeira vez.

“Quando se identifica uma variante, não é o caso de punir o país que identificou, temos que aplaudir que ele identifica essas variantes do vírus, para que possamos nos preparar melhor para combater essas ameaças imprevisíveis causadas por mutações do vírus”, declarou Queiroga.

Variante Ômicron

Dos 11 casos identificados no Brasil, cinco estão em São Paulo; dois no Distrito Federal; dois no Rio Grande do Sul; e dois em Goiás.

Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou que o país registrou a primeira morte relacionada à nova variante. Ainda não se sabe se a vítima já havia recebido alguma dose de vacina contra a Covid-19.

Nas últimas semanas, cientistas têm se dedicado às pesquisas para entender como a variante se comporta. No entanto, dados preliminares apontam que a Ômicron se espalha mais rapidamente que a variante Delta e que ela é resistente aos imunizantes que estão disponíveis no mundo atualmente.

De acordo com um documento da Organização Mundial da Saúde, a variante já está presente em 63 países e, na África do Sul, vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa. No entanto, mesmo em nações em que a incidência da Delta é alta e o número de pessoas vacinadas também, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente.

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