Atriz Vera Holtz Foto: Divulgação

O Canal Brasil abre espaço em sua programação para exibir dois filmes estrelados por Vera Holtz, neste domingo, 26 de janeiro, a partir das 20h. Entram na grade o curta-metragem inédito no canal ‘Teatro de Máscaras’, de Eduardo Ades, e, em seguida, o premiado longa-metragem ‘Tia Virgínia’, de Fabio Meira, que garantiu à Vera Holtz os troféus de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Gramado e no Los Angeles Brazilian Film Festival, em 2023, e no Prêmio Grande Otelo, em 2024.

Em ‘Teatro de Máscaras’, de Eduardo Ades, Vera interpreta Sara, que tem câncer cerebral e começa a vivenciar episódios de confusão mental. Contudo, a paixão pelo teatro faz com que ela relembre diversas histórias de peças teatrais, que funcionam como escape e refúgio em um momento desafiador. O filme é inspirado na história da mãe do diretor.

A famosa atriz, que já atuou também em outras novelas de grande destaque da televisão, comenta sobre as produções: “Entro no Teatro Villa-Lobos para interpretar uma mulher que está com uma doença que macera o seu cérebro, causando grande confusão mental. Mas, parece que a confusão me contagia. Ali dei os primeiros passos da carreira teatral. O país ainda vivia sob o manto da Ditadura Cívico/Militar, que chegava aos seus estertores”.

“Vianinha, o autor de Rasga Coração – primeira peça liberada pela censura – já havia falecido, da mesma doença que invade a minha personagem. De determinada forma, ocorre comigo o mesmo que deverá ocorrer com a Sara, que vou interpretar no curta-metragem Teatro de Máscaras”, complementa a atriz.

O longa-metragem ‘Tia Virgínia’, de Fabio Meira, por sua vez, conta a história de Virgínia (Vera), 70 anos, que nunca se casou nem teve filhos e foi convencida pelas irmãs, Vanda (Arlete Salles) e Valquíria (Louise Cardoso), a deixar a vida que tinha para cuidar dos pais. O filme joga luz sobre os padrões sociais relacionados ao casamento e à maternidade e sobre as pessoas que dedicam integralmente suas vidas aos cuidados dos pais.

“A questão é abordada com uma ternura que desafia a dor. Ambos os diretores souberam olhar para o seu ambiente familiar, homenageando as suas ancestrais. É um fato raro na nossa sociedade. Não sabemos cuidar dos nossos velhos. No lugar de receber o afeto em retribuição ao que proporcionaram ao longo das suas vidas, os idosos são apagados. Este é, muitas das vezes, o papel que a Arte deve exercer. Mostrar, deixar claro, trazer à tona. A Arte não fere. Por isso que a cuidadora de Tia Virgínia , apesar de tudo que a enclausura à sua volta, ela tem o espírito livre”, diz Vera sobre a trama.

“É o que sinto quando Sara está cantando e rodopiando, Boa noite, amor, no hall do Teatro Villa-Lobos, entre os escombros do incêndio que o devastou. É o que sinto, quando coloco o vestido de gala para a ceia impossível de Natal do Tia Virgínia . O meu espírito ressoa pelas paredes, outrora, vivas do Teatro, insinuando um triste adeus…”, finaliza.

Com informações de IstoÉ

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