Os idosos são a população mais vulnerável na atual crise de saúde. Ajudar psicologicamente os idosos durante a pandemia não é apenas uma necessidade, é uma prioridade. Como sabemos, muitos deles estão enfrentando essa situação na solidão de suas casas, o que coloca esse grupo em risco quando se trata de saúde mental.
Sentimos falta deles e sofremos por eles. Uma vez que consigamos conter a doença, muitos compromissos serão feitos, e um deles, sem dúvida, será reformular completamente a assistência nos centros sociais e de saúde, tanto para idosos quanto para pessoas com deficiência.
Qualquer sociedade que se considere “avançada” deve proteger e cuidar dessa população a quem tanto deve. Seja em casas de repouso ou em suas próprias residências, os idosos precisam de estratégias urgentes e não apenas daquelas que os protegem contra o vírus.
Cuidar do seu bem-estar psicológico é uma prioridade na qual todos nós podemos ajudar. Vejamos como.
Como ajudar psicologicamente os idosos?
As pessoas com 65 anos ou mais são consideradas idosas. No entanto, se há algo evidente é que essa geração de sessenta ou setenta anos é mais ativa e vital do que nunca. Nos referimos aos avôs e avós que estão sempre cuidando dos netos, viajam, vão a festas e continuam aprendendo e estabelecendo objetivos para o futuro.
O grupo de idosos é um dos grupos populacionais mais extensos. Como sabemos, nossa sociedade está envelhecendo e as necessidades que os idosos apresentam são muito diversas.
Alguns são aposentados muito ativos, enquanto outros são idosos dependentes que precisam de uma assistência contínua e de qualidade. Além disso, muitos deles vivem em solidão, outros com seus parceiros e parte com filhos e netos.
Todos eles, de repente, se viram em uma situação em que são os mais vulneráveis e apresentam maiores complicações diante do coronavírus.
Como resultado, as medidas de confinamento são mais severas para eles, a ponto de muitos estarem sem contato direto com seus filhos e netos por muito tempo. Os efeitos dessa situação podem ser muito graves.
Vejamos como ajudar psicologicamente os idosos durante a pandemia.
Redes sociais para ajudar os idosos
A sociedade não pode negligenciar os idosos, e quando falamos em sociedade, incluímos a todos. Isso significa que, em cada localidade, seja pequena ou grande cidade, organizações, associações, etc, devem organizar mecanismos para cuidar dos idosos.
Os vizinhos geralmente são o contato mais próximo dos idosos, principalmente se eles estão sozinhos ou se suas famílias estão longe. Assim, saber se eles estão bem ou se precisam de algo deve ser algo cotidiano em nossas vidas.
A tecnologia é uma grande aliada
No contexto atual, a tecnologia é a ponte que permite nos conectarmos. Para os idosos, são janelas abertas para conversar com os filhos, ver os netos e conversar com os amigos.
Muitas vezes, o simples fato de saber que têm uma videochamada naquele dia já ilumina o seu dia. Isso os faz se arrumar, pensar no que vão dizer e relembrar as histórias do dia para contar mais tarde.
Atividades mentais para manter o cérebro ativo
Todo mundo deve dedicar um tempo às atividades que mais apreciam. Nossos pais ou avós podem fazer palavras cruzadas, sudokus, montar modelos, tricotar, pintar, cozinhar, entre outras atividades.
É importante que eles também conheçam os muitos recursos disponíveis em seus celulares e computadores, que podem ajudá-los a exercitar a mente. Esses jogos online são sempre benéficos.
Exercício físico com cuidado e moderação
Para ajudar psicologicamente os idosos durante a pandemia, também é uma boa ideia propor que eles façam algum exercício. No entanto, eles sempre devem estar atentos às suas limitações para não correr riscos.
Muitos de nossos pais, mães ou avós costumavam sair para passear. Na situação atual, eles precisam encontrar outras atividades para permanecerem ativos. Um exemplo pode ser subir as escadas em vez de pegar o elevador até o apartamento. Além disso, eles podem fazer alongamentos leves ou exercícios de ioga adaptados à sua idade e condição física.
Orientações para controlar o tempo e melhorar a memória
Um dos problemas mais comuns que os idosos podem ter é a confusão mental, a desorientação e a dificuldade de saber que dia é. Por isso, eles precisam realizar tarefas que os coloquem em contato com o aqui e agora, além de conectá-los com a sua identidade e histórico pessoal.
Idealmente, eles devem seguir rotinas diárias. Manter um diário escrevendo que dia é hoje, o que fizeram ontem e o que planejam fazer no dia seguinte é uma ótima ideia. Além disso, ver álbuns de fotos é outra atividade bem positiva.
O entardecer é o melhor momento para fazer uma chamada de vídeo com os idosos
As pessoas mais velhas geralmente se sentem tristes e desanimadas quando o sol se põe. Esta hora do dia é especialmente difícil para aqueles que sofrem de demência. A síndrome do pôr do sol é uma condição mental muito comum entre os idosos e está relacionada principalmente a alterações no núcleo supraquiasmático e na deficiência de melatonina.
Por isso, é melhor ligar para eles nesta hora do dia. Pergunte como foi o seu dia, o que comeram e como estão. Depois de garantir que eles estejam bem, você pode guiar a conversa para os seguintes aspectos:
- Lembrar de momentos positivos do passado para estimular sua memória.
- Propor a eles coisas que vocês farão juntos quando a pandemia passar, para que tenham esperança.
- Reduzir e racionalizar seus medos. Muitas pessoas idosas sentem mais medo quanto veem as notícias. Portanto, sempre que possível você deve transmitir calma e dizer que tudo vai ficar bem.
Para concluir, todos nós podemos ajudar psicologicamente os idosos durante a pandemia. Podemos ser aquele vizinho que faz suas compras, aquele neto que lhes envia mensagens amorosas e engraçadas e aquele filho que alivia seus medos e garante que tudo ficará bem e que todos voltarão a se abraçar em breve. (Portal R7)