Compadre Washington foi acusado de transfobia após interação com fã durante show no Pará • Foto 1: Reprodução/X | Foto 2: Instagram/Compadre Washington

O músico Compadre Washington, 63, foi acusado de transfobia nas redes sociais após uma interação com uma fã durante um show do É o Tchan, que aconteceu no último final de semana, no Pará.

Ao chamar a fã no palco, o artista ficou insistindo para que ela falasse seu nome de registro, ignorando o nome social que ela havia apresentado. Nas imagens, a jovem que se identificou como “Realeza Kethellen, a única do leque” foi pressionada diversas vezes e acabou revelando seu nome de batismo.

Após conseguir o que queria, o cantor ainda chegou a citar: “Aí, sim! Falou a verdade! Mentira tem perna curta”, o que gerou reações nas redes sociais. “Que babaquice”, citou um internauta no X, o antigo Twitter. “Pensar antes de falar… Ele foi muito desnecessário”, mencionou um usuário do Instagram.

Após a repercussão, Compadre Washington se manifestou nas redes sociais, por meio de um vídeo. “Pessoal, vocês que me conhecem sabem que eu sou um cara bem animado, bem para frente, bem feliz, mas eu vim falar uma coisa bem séria. Quero me desculpar”, cita.

Na sequência, ele menciona o ocorrido e complementa: “Fiz uma brincadeira e passei do tom e no mundo em que vivemos hoje, isso não existe mais. Essas brincadeiras. Porque o mundo evoluiu”. Por fim, ele se retrata com a fã: “Vim pedir desculpas à Kethellen e para todas as pessoas que se sentiram incomodadas. Desculpa aí”, finalizou.

O nome social é um direito estabelecido por lei que garante reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais.

“O nome social é o nome que se adota, mas não muda o registro civil. Por exemplo, se a pessoa nasceu João da Silva e escolhe ser chamada de Maria da Silva, usa este nome, mas não altera a certidão de nascimento”, explicou Amanda Souto Baliza, advogada, primeira mulher trans a pedir retificação do registro profissional na OAB de Goiás.

A alteração do nome no registro de nascimento de forma administrativa, ou seja, sem a necessidade de passar pela Justiça, foi autorizada no Brasil apenas em 2018.

Com informações de CNN Brasil.

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