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Além do governo Lula, que convocou o atual chefe da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o Congresso Nacional decidiu cobrar a representação americana sobre o tratamento dado aos brasileiros deportados.

Atual presidente da Comissão sobre Migrações e Refugiados do Congresso, o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) disse à coluna que acionará a embaixada e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos para tratar do tema.

“Nosso papel agora, como representantes do Congresso Nacional, será acolher, garantir o tratamento adequado aos brasileiros, além de cobrar respeito, denunciando e dando visibilidade ao caso em âmbito mundial. Nossas leis não podem ser submissas a essa política autoritária, violenta e intolerante característica da ultradireita”, disse Gadêlha. As informações são de Metrópoles.

Na segunda-feira (27/1), o Itamaraty convocou o encarregado de Negócios da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, para explicar o que considerou como “distúrbios” na última deportação de brasileiros.

Escobar foi ouvido no Itamaraty pela secretária de Assuntos Consulares, embaixadora Márcia Loureiro. O diplomata está à frente da embaixada americana temporariamente após a então titular deixar o posto, no fim de 2024.

O encarregado de Negócios disse, segundo relatos, que os deportados já viajaram algemados em voos anteriores e que esse é um procedimento adotado pelos americanos. Ele prometeu apurar as denúncias de violação de direitos humanos.

Entenda a crise

No fim de semana, um avião com 88 deportados dos Estados Unidos fez uma escala de emergência em Manaus. Durante a parada, os brasileiros procuraram a PF para reclamar da falta de comida e de ar condicionado no voo.

Os americanos também exigiram que os brasileiros seguissem algemados no trecho entre Manaus e Belo Horizonte, destino final do voo. O governo Lula, porém, não aceitou e mandou um avião da FAB para transportar os deportados.

“Está havendo um descumprimento claro de tratados internacionais. E mais do que isso, o governo Trump quer mostrar que despreza a América Latina, não tem respeito algum pelo povo brasileiro e só pensa na soberania e nos interesses das oligarquias que apoiam a sua gestão”, criticou Túlio Gadêlha. Com informações da coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

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