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Rio de Janeiro – O cônsul alemão Uwe Hebert Hahn, preso pela morte do marido, voltou para a Alemanha nesse domingo (28/8), após ter sua prisão relaxada pela Justiça. Na última sexta-feira, dia 26, a 2ª Câmara Criminal entendeu que houve demora na denúncia por parte do Ministério Público e soltou o acusado.
O diplomata é suspeito pela morte do belga Walter Henri Maximilien Biot, no último dia 5. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), a vítima possuía múltiplas lesões no corpo. Uwe, no entanto, alegou à delegacia que o companheiro sofreu um mal súbito e teria batido com a cabeça.
Nesta segunda-feira (29/8), o Ministério Público denunciou Uwe por homicídio triplamente qualificado. Segundo o órgão, não houve atraso na denúncia.
De acordo com o documento, “o delito foi cometido por motivo torpe, abjeto sentimento de posse que o denunciado nutria pela vítima, subjugando-a financeira e psicologicamente, e não admitindo que o ofendido tentasse estabelecer algum nível de independência do denunciado, seja economicamente seja estabelecendo relações de amizade com outras pessoas”, diz trecho.
Ainda de acordo com o MP, o crime foi praticado com emprego de crueldade e de forma a dificultar a defesa da vítima, “que se encontrava com sua capacidade de reação reduzida pela ingestão de bebida alcoólica e de medicação para ansiedade”.
Uwe Hahn foi preso na noite do dia 6 de agosto. No dia seguinte, a defesa do cônsul entrou com um pedido de habeas corpus, que foi negado pelo plantão judiciário. De acordo com o jornal O Globo, o cônsul chegou na cidade de Frankfurt nesta segunda-feira, dia 29.
(Metrópoles)