A Coreia do Norte disparou uma série de mísseis de cruzeiro nesta quarta-feira (22), no penúltimo dia dos exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os EUA. Os lançamentos marcam uma sequência de provocações da ditadura comunista desde o início dos treinamentos, há dez dias, os maiores entre as nações aliadas em cinco anos.
Os disparos foram confirmados pelas Forças Armadas de Seul, que não identificou, porém, quantos eles eram ou o modelo dos foguetes —a agência de notícias sul-coreana Yonhap afirma que os lançamentos podem ter envolvido mísseis de cruzeiro estratégicos, isto é, com potencial nuclear. A ação se deu por volta das 10h15, e os mísseis partiram da província de Hamgyong do Sul, no leste norte-coreano.
A Coreia do Sul declarou que, como os demais, estes lançamentos não atrapalharão os exercícios do Escudo da Liberdade, como foi batizado seu treinamento com os EUA.
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Nesta quarta, o USS Makin, uma embarcação anfíbia (usada em operações militares que envolvem o desembarque das forças de combate em uma praia ou costa inimiga) atracou em um porto da Coreia do Sul —a marinha americana opera a maior frota de navios do tipo.
Esta é a quarta vez que a Coreia do Norte faz testes de mísseis desde o começo dos treinamentos, no dia 13. O regime de Kim Jong-un alega que os exercícios entre seus inimigos nada mais são do que um ensaio para uma eventual invasão de seu território. Trata-se de um ciclo vicioso, já que o governo americano e seus parceiros regionais também alegam agir devido às decisões tomadas pela ditadura.
Pyongyang executou um número recorde de testes de armas em 2022 —foram 90 mísseis balísticos e de cruzeiro lançados ao longo do ano, 23 deles em um único dia.
Com informações da Folha de São Paulo