De acordo com o estudo, a vacina Coronavac alcança eficácia de 55% contra a infecção entre pessoas que tomaram duas doses e de 82,1% contra desfechos graves no grupo. Esses resultados são relativos a um período de até 30 dias após a segunda aplicação do imunizante.
O trabalho foi publicado na quarta-feira (9/2) na revista Nature Medicine e é assinado por14 cientistas de várias instituições, incluindo a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade de Glasgow, do Reino Unido.
Seis meses após a segunda dose, a eficiência da Coronavac diminuiu para 34,7% contra infecções e para 72,5% contra quadros graves. Segundo os pesquisadores, em comparação com as faixas etárias mais jovens, os indivíduos com 80 anos ou mais tiveram menor proteção após a segunda dose, mas voltaram a atingir um patamar adequado quando receberam o reforço com a Pfizer.
Estudo de “mundo real”
No período do estudo, de 18 de janeiro de 2021 a 11 de novembro de 2021, foram analisados dados de um total de 14 milhões indivíduos que passaram por testes rápidos de Covid-19, dos quais mais de sete milhões foram testados por RT-PCR.
Os dados foram obtidos junto ao Ministério da Saúde e, dentro da amostra analisada, 913 mil indivíduos foram vacinados com Coronavac, dos quais 7,8 mil haviam recebido uma dose de reforço da Pfizer. A maioria desses (93,4%) foi testada 30 dias após a terceira dose.