Sabe-se lá por que carga d’água o coronel da reserva do Exército, candidato ao Senado, Alfredo Menezes, resolveu investir não mais que de repente virulentas e inesperadas criticas não só contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) mas, também, contra o senador Omar Aziz e figuras da sociedade local não reveladas por ele.
Percebe-se, entretanto, que exigência do cartão de vacina como condição de acesso às nas escolas da rede municipal de ensino, recomenda pelas autoridades sanitárias do país, pode ter influenciado ou servido de pretexto aos ataques do coronel da reserva.
Referindo-se diretamente ao prefeito, ele diz em tom jocoso que David Almeida começa a manifestar uma síndrome chamada de COMPLEXO DE DEUS, aquele que se acha onisciente, onipotente e onipresente. E qual motivo do desdém? David Almeida, como sublinho o ex-militar, determinou que as crianças somente poderão frequentar as aulas presenciais apresentando a carteira de vacinação e completa: deveria (o prefeito) ser o primeiro a dar o exemplo. Para isso, basta obrigar todos os seus secretários e assessores a apresentar publicamente a vacinação dos seus filhos e netos, será que a adesão seria maciça? Eu duvido”!
Segundo o coronel da reserva negacionista, David deu uma bola fora e que Wilson não entrou onda do prefeito, mantendo a rede estadual de ensino sem a tal obrigatoriedade, e do lado do presidente Bolsonaro. “São sinais, entende quem quiser”, disse.
Com o claro propósito de desqualificar a vacina, Menezes afirma, também, sem citar uma única referência técnica cientifica, que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos não inspira confiança nos pais, que eles não acreditam na necessidade de vacinar seus filhos e a obrigatoriedade que se quer impor já é um indício claro que estão querendo invadir um direito que é de todos nós: o livre arbítrio. Nossa liberdade de decidir, de ir e vir é um direito constitucional de cada cidadão brasileiro.
Nada mais absurdo e inadmissível. Menezes, dito “patriota-cristão”, fala pelos cotovelos, como mero repetidor de uma ladainha inspirada na intolerância dos recônditos do Planalto como se nada mais tivesse a fazer. Não basta só falar como um matraca biruta. Ao afirma que o CEO da Pfizer não tomou a vacina, assim como “os herdeiros do trono de ferro (?)”, famosos, celebridades e políticos, é preciso provar.
Se a vacinação em crianças causa insegurança e afugenta os pais dos postos de imunização a culpa não é do David Almeida e sim daqueles que rezam o catecismo negacionista do Planalto com lavagem cerebral.
Ao insurgir contra a vacina – por via de consequência contra a vida – Menezes diz que poderia enumerar as celebridades amazonenses e pedir a carteira de vacinação dos seus filhos e netos para que deixassem ‘dessa conversa barata’ de dizer: “Vamos vacinar nossas crianças”.
Depois, como escreveu, diz que não é negacionista. Como não? É o quê, então?
No artigo alinhavado por sua assessoria, assinado, é claro, por ele, Menezes defende que os famosos e políticos do Amazonas deveria promover uma campanha em massa filmando seus filhos e netos recebendo a dose mágica contra o maldito vírus chinês.
Segundo ele, ‘os deuses do Olimpo’, simplesmente ainda não fizeram isso porque vacina no braço dos filhos dos outros é refresco.