O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, o senador Omar Aziz (PSD-AM), reafirmou hoje seu compromisso em investigar minuciosamente as causas do colapso que afetou cerca de 20% da cidade de Maceió-AL devido à extração de sal-gema. Com a participação de parlamentares alagoanos na comissão, o senador expressou sua determinação em encontrar respostas satisfatórias para as mais de 50 mil pessoas afetadas pelo desastre.

“Não é em 2018 que começa o problema na exploração de sal-gema. Há indícios de impacto ambiental também em lagos da região. Maceió é uma cidade linda, turística, mas infelizmente 20% da cidade está comprometida com esses tremores”, afirmou o senador, destacando a gravidade da situação.

Na primeira reunião da CPI, realizada ontem (21), foram discutidos os próximos passos da investigação, incluindo a escolha do relator, que ficou a cargo do senador Rogério Carvalho (PT-SE). Omar ressaltou que buscou neutralidade na indicação do relator, garantindo que parlamentares de Alagoas terão voz ativa na comissão.

“Temos membros da CPI que são de Alagoas, então o Estado está muito bem representado na comissão. Eles são membros, não estão sendo retirados da CPI da Braskem e vão ter voz garantida. Você não precisa ser do Estado necessariamente para investigar. E tenha certeza que vamos investigar a fundo”, assegurou Omar.

O problema de afundamento em Maceió é atribuído à atividade de extração de sal-gema, realizada pela petroquímica Braskem. Estudos realizados em 2010 revelaram que áreas da cidade estavam afundando a uma taxa alarmante de até 6 centímetros por ano devido à retirada do mineral. Especialistas apontam que o afundamento comprometeu infraestruturas urbanas e colocou em risco a população local.

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