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O Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) irá abrir investigação para apurar a conduta do médico obstetra Allan Rendeiro, que aparece em vídeo coagindo uma mãe, durante o trabalho de parto em Belém (PA), a dizer que votará no presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

O médico compartilhou a filmagem, também feita por ele, em suas redes sociais. Na imagem, Rendeiro grava o recém-nascido e diz “Já nasci 22. Vou votar no Bolsonaro”. O profissional chega a pedir que a mulher, ainda na maca e sob efeito de anestésico, fale que vai votar “22”.

“Essa aqui é a mamãe. Dia 30 ela vota? 22, diga. Vou mandar para o Bolsonaro esse vídeo, ele está em uma live especial”, afirma. O médico se referia à transmissão feita pelo presidente na última sexta-feira (25/10). A mãe vira o rosto e não responde ao pedido.

O pai, que usava um traje vermelho exigido para entrar na área de maternidade, também é filmado. O médico, então, o aborda e insinua que não faria o restante do atendimento porque o homem teria dito ser eleitor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu vou começar a reclamar aqui no hospital. […] O doido não veio dizer que vai votar no Lula? Eu digo: ‘Rapaz tu quer que eu vá embora e nem opere ela’”, fala.

Veja:

Em nota, o CRM informou que irá apurar o caso: “O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará esclarece que efetivará todas as medidas legais previstas na Lei nº 3.268/57 e Resoluções do Conselho Federal de Medicina, a fim de apurar o fato.”

O Metrópoles entrou em contato com o Allan Rendeiro, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

(Metrópoles)

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