Um curso inovador focado na capacitação de jovens sobre o uso de geotecnologias digitais para o monitoramento ambiental foi realizado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), nos dias 29 e 30 de agosto, em Manaus. A atividade teve como foco a área de influência da BR-319, uma das rodovias mais importantes e sensíveis ambientalmente da Amazônia brasileira, e contou com a participação de representantes do Coletivo Jovens Comunicadores do Sul do Amazonas (Jocsam), e do grupo Jovens do Beiradão, ambos atuantes em municípios e Áreas Protegidas da região.

“As habilidades adquiridas durante o curso, permitirão que os jovens de comunidades locais acompanhem com mais precisão as mudanças ambientais nos seus territórios, contribuindo para um desenvolvimento mais sustentável e uma maior proteção dos ecossistemas da região”, disse a líder da Iniciativa Estratégica de Governança Territorial do Idesam, Fernanda Meirelles. “É importante que eles protagonizem tudo o que está acontecendo nos seus territórios e consigam produzir informações, e notícias, principalmente sobre desmatamento e focos de calor”, acrescentou.

O curso apresentou ferramentas práticas para o monitoramento de desmatamento, focos de calor e fumaça, entre as quais a plataforma Planet Scope e o site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornecem dados geoespaciais em tempo real.

“A nossa expectativa é que os jovens tenham condições de se apropriar do que acontece nos seus territórios, por meio de tecnologias inclusivas e acessíveis, e entender um pouco mais sobre a realidade do sul do Amazonas e do Interflúvio Madeira-Purus”, disse o analista do Idesam, Heitor Pinheiro.

O curso reforça o papel da juventude amazônica como agente transformador na luta contra o desmatamento e na defesa do meio ambiente, fortalecendo o protagonismo das comunidades locais. O curso foi criado em resposta a demandas dos próprios participantes, que buscam soluções para os desafios enfrentados em seus territórios. Além de aprofundar o conhecimento técnico, o curso também promoveu a troca de experiências entre os participantes, fortalecendo a rede de monitoramento ambiental comunitário.

A realização do curso contou com o apoio de importantes parceiros, como o Instituto Centro de Vida (ICV), a Fundação Betty e Gordon Moore, a Rede Floresta e a Iniciativa Norueguesa Internacional para o Clima e Florestas (NICFI).

Artigo anteriorDefensoria do Amazonas atende mais de 300 pessoas em comunidades rurais de Parintins
Próximo artigoDefensoria Pública do Amazonas expande atuação com novo Polo e defensores em Benjamin Constant e Atalaia do Norte