Foragida há cerca de cinco meses, Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico”, foi presa nesta quarta-feira, 28, em Manaus, pela Polícia Civil.

De acordo com a polícia, Luciane Barbosa foi presa em uma residência localizada na Zona Norte de Manaus e encaminhada para a sede da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações.

Os mandados de prisão foram expedidos em janeiro deste ano pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

A  Luciene é esposa de Clemilson dos Santos Farias ou “Tio Patinhas”, chefe do Comando Vermelho (CV) no Amazonas. “Tio Patinhas”, esposo de Luciane, está preso desde 2022 por ser o mandante de vários homicídios em Manaus.

Segundo o Ministério Público do Estado, Luciane Barbosa atuava como braço financeiro do CV no estado. Ela era responsável por ocultar, empregar e lavar valores oriundos da máquina criminosa do tráfico de drogas.

Para entender

No fim de 2023, o nome de Luciane foi amplamente divulgado na mídia após participar de reuniões com secretários do Ministério da Justiça.

À época, ela se apresentava como presidente do Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), uma Organização Não Governamental (ONG) que atua em defesa dos direitos humanos e fundamentais de presos. Nas redes sociais, ela se dizia estudante de direito e ativista dos direitos humanos.

Segundo o promotor Edinaldo de Aquino Medeiros, Luciane visitou, também, em 2023, o Conselho Nacional de Justiça, bem como ao Legislativo Federal e, ainda, à repartição das Organizações das Nações Unidas.

As visitas foram custeadas pelo governo federal. Segundo dados do painel de viagem do governo, as passagens de ida e volta de Luciane custaram R$ 4.861,22. Já o valor das diárias foi de R$ 1.047,85.

Conforme noticiado pelo Metrópoles à época, os passeios de Luciane por Brasília, que ganhou o apelido de Dama do Tráfico, se transformaram em uma crise para o governo Lula. Ela chegou a se reunir com dois secretários do Ministério da Justiça em maio. As reuniões foram reveladas pelo Estadão.

Embora Luciane não fosse denunciada e condenada na época, ela já era investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Amazonas pelo menos desde 2019.

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