
O ex-BBB e campeão da edição 24 do reality show, Davi Brito, compareceu na manhã desta quinta-feira (29) à Delegacia Interestadual de Salvador para prestar depoimento sobre uma acusação de ameaça movida por sua ex-namorada, a modelo e dançarina do Boi Garantido, Tamires Assis. A denúncia, que corre sob segredo de Justiça, relata um episódio em que o baiano teria exibido uma arma durante uma chamada de vídeo, em tom de intimidação.
A denúncia foi apresentada por Tamires em julho de 2024, após uma série de episódios que ela classificou como abusivos. Segundo o relato da dançarina, o comportamento de Davi foi marcado por controle excessivo e ciúmes desde o início do relacionamento. Ela afirma que era constantemente cobrada para informar onde estava, com quem falava e até mesmo manter contato com ele até dormir.
O ponto mais grave, de acordo com os autos, ocorreu no dia 15 de julho, quando Tamires foi acordada com uma ligação de vídeo do ex-BBB, que aparentava estar alcoolizado. Na chamada, ele teria feito perguntas agressivas sobre sua localização e, em seguida, mostrado uma arma. No dia seguinte, Davi teria tentado minimizar a atitude, afirmando que “explicaria depois”.
Com medo, a dançarina decidiu interromper uma viagem para Salvador, onde se encontraria com Davi, após ele alegar estar doente. Dias depois, registrou boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, em Manaus, e o caso foi encaminhado ao 5º Juizado Especializado em Violência Doméstica contra a Mulher.
A Justiça amazonense deferiu cinco medidas protetivas a favor de Tamires, incluindo o afastamento mínimo de 300 metros, a proibição de contato por qualquer meio, inclusive redes sociais, e a suspensão do porte e posse de armas por parte de Davi. Como o acusado reside na Bahia, a decisão foi enviada por carta precatória à Justiça baiana, que ficou responsável por garantir o cumprimento das determinações.
Além da denúncia criminal, o processo aponta que Tamires ficou emocionalmente abalada após o episódio e passou a viver com medo. O advogado que representou a modelo à época, Vilson Benayon, declarou que a jovem teve sua saúde mental afetada pela situação e precisou buscar apoio psicológico.
Davi Brito, por sua vez, não comentou o caso ao deixar a delegacia nesta quinta-feira. Ele saiu do local comendo pipoca e ignorou a presença da imprensa. Sua defesa nega as acusações.
Segundo a Justiça, o padrão de comportamento apresentado por Davi, com episódios alternados de manipulação emocional e agressividade, é compatível com situações de violência de gênero. O caso segue sob investigação e sem previsão de novos desdobramentos públicos, já que tramita sob sigilo.










