Estudo do BNDES mostrou que o volume de recursos necessários para conclusão da usina é praticamente o mesmo do custo para abandonar a obra da Angra 3 • Thiago Félix

ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (1º) que a decisão sobre retomar ou não as obras da usina nuclear de Angra 3 será tomada ainda em 2025.

As declarações foram dadas após o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) ter aprovado nesta quarta-feira uma resolução que determina à Eletronuclear e ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a retomada dos estudos para a continuidade das obras.

O ministro afirmou que pediu, de forma informal, que o BNDES dê urgência aos estudos. Segundo Silveira, os estudos devem ser concluídos até a próxima reunião do CNPE, que deve ser realizada em novembro.

Segundo o MME (Ministério de Minas e Energia), os estudos deverão considerar, no mínimo, a manutenção dos termos do acordo com investimentos firmado entre a Eletrobras e a ENBPar, com a participação de sócio privado, a conclusão do empreendimento com recursos exclusivamente públicos (ENBPar e União); e o detalhamento do custo de abandono do projeto, com avaliação dos impactos para todas as partes envolvidas.

Durante a reunião, Silveira, voltou a defender a retomada das obras da usina.

Com 1.405 megawatts (MW) de potência e construção iniciada na década de 1980, Angra 3 teve suas obras interrompidas no auge da Operação Lava Jato.

Um estudo realizado pelo BNDES mostrou que o volume de recursos necessários para conclusão da usina é praticamente o mesmo do custo para abandonar a obra.

Para terminar o empreendimento, é necessário um investimento de R$ 23 bilhões, enquanto o custo para desistir é de R$ 21 bilhões.

Os custos de um possível abandono incluem pagamentos de dívidas com bancos e multas contratuais, indenizações para fornecedores e ressarcimento de benefícios tributários já usufruídos.

Com informações de CNN Brasil.

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