Sampaoli tem dificuldades de consertar as falhas da defesa em seu começo de Flamengo Lucas Tavares

Com apenas quatro jogos no comando do Flamengo, Jorge Sampaoli já mostrou seu ponto forte: sabe armar times para fazer gols. Foram 13 neste curto período. Mas um problema também salta aos olhos. A defesa ainda não encontrou solidez e tem sido alvo fácil para os adversários. A equipe foi vazada sete vezes nas últimas três partidas. E, quinta-feira, contra o Racing-ARG, em Buenos Aires, pela Libertadores, já pode igualar ou até superar sua pior sequência no ano.

Nos quatro jogos entre a derrota para o Palmeiras, pela Supercopa do Brasil, e a vitória sobre o Al-Ahly, no Mundial de Clubes, o Flamengo sofreu oito gols. A sequência marcou o início do desgaste de Vítor Pereira no comando. O português acabaria demitido mais tarde sem conseguir potencializar as qualidades individuais dos atletas e nem encontrar segurança para a defesa. Com Sampaoli, este segundo problema segue aberto.

— Na minha opinião, a gente controlou boa parte da partida (contra o Botafogo). Sofremos os gols por detalhes: pênalti e duas bolas paradas. A gente precisa ajudar na bola parada, não podemos tomar gol toda hora de lateral — lamentou o zagueiro Léo Pereira, o único do meio para trás que teve uma boa atuação no clássico, mas por ter aparecido bem na frente e marcado dois gols.

Os gols de lateral a que ele se refere são jogadas pelos lados que terminam com a bola dentro da meta rubro-negra. Passar pela marcação através do corredor lateral tem sido muito fácil para os adversários do Flamengo. Como ficou claro no terceiro do Botafogo, em que Tchê Tchê superou três e encontrou Tiquinho Soares livre na área.

— O time está muito apurado para fazer gol, mas desconcentra em muitos momentos do jogo — admitiu Jorge Sampaoli.

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