Delegado Fábio Silva, da DEHS, e o local onde o corpo de José Brito foi encontrado amarrado e com sinais de execução no Ramal do Dbzinho, no Tarumã-Açu

O delegado Fábio Silva, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), afirmou que jamais havia presenciado um crime com as características encontradas no corpo de José Brito dos Reis, acusado de matar a companheira Isabel Simplício, mãe da influenciadora Isabelly Aurora. José foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (10), no Ramal do Dbzinho, Tarumã, Zona Oeste de Manaus, com ambos os olhos perfurados por disparos de arma de fogo.

“Nunca tinha visto um crime com os olhos perfurados como foi aqui. Pelo que parece, foi um recado que foi repassado”, declarou o delegado, ao explicar a violência empregada na execução. A perfuração nos olhos chamou atenção da equipe por repetir o mesmo padrão de ferimento causado por José na vítima, encontrada no dia anterior com lesões semelhantes.

Execução no local e sinais de tortura

O delegado relatou que o corpo de José Brito tinha marcas claras de tortura e extrema violência. A perícia identificou:

  • Quatro tiros na cabeça,
  • Um tiro nas costas,
  • Olhos perfurados por disparos,
  • Vários ossos quebrados,
  • Dentes quebrados,
  • Hematomas e lesões compatíveis com espancamento severo.

Um dos projéteis ficou alojado na mão do suspeito. “A vítima foi muito espancada, pelo que a perícia constatou”, disse Fábio Silva.

O ramal onde o corpo foi encontrado é conhecido pela polícia como área de desova usada por criminosos. As evidências indicam que José foi morto no próprio local.

Extinção de punibilidade e abertura de novo inquérito

José Brito era considerado o principal suspeito de matar Isabel Simplício durante a madrugada de terça-feira (9), no bairro Lago Azul, Zona Norte. Após o crime, ele fugiu e passou a ser procurado. Durante a madrugada, a polícia recebeu diversas denúncias sobre possíveis movimentações do suspeito, até que recebeu a informação que levou ao Ramal do Dbzinho.

Com a execução de José, o processo relativo ao feminicídio de Isabel será encerrado.

“Sobre o crime da senhora que ele matou, esse crime é dado por encerrado, porque há extinção da punibilidade. Agora, abre-se outra investigação para descobrir quem matou José Brito”, explicou o delegado.

Próximos passos

A DEHS agora concentra esforços na investigação da execução, trabalhando com a hipótese de envolvimento de facção criminosa, já que um vídeo divulgado na noite anterior mostrava José amarrado e sendo interrogado por criminosos antes de sua morte.

A perícia segue analisando imagens, projéteis e vestígios deixados no local para identificar os responsáveis.

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