Foto: Ricardo Moraes/REUTERS

O delegado Mário Paulo, titular do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil do Amazonas, confirmou que quatro criminosos amazonenses estão entre os mortos na operação policial realizada no Rio de Janeiro na terça-feira (28), que resultou em mais de 130 mortes.

A informação foi publicada pelo jornal A Crítica e confirmada por autoridades de segurança pública do Amazonas.

Segundo o delegado, os quatro mortos identificados até o momento seriam integrantes do Comando Vermelho (CV) e atuavam no estado antes de fugirem para o Sudeste, onde se esconderam após se tornarem alvos prioritários da polícia.

Apesar da confirmação oficial de quatro mortos, a facção criminosa divulgou mensagens internas nas redes sociais afirmando que 11 integrantes do grupo teriam morrido na ação — número que ainda não foi confirmado pela polícia.

Amazonenses mortos identificados

Entre os mortos da operação, o DRCO confirmou os seguintes nomes:

  • Douglas Conceição de Souza, conhecido como “Chico Rato”, apontado como pistoleiro do Comando Vermelho e com diversos processos por homicídio;
  • Cleideson Silva da Cunha, o “Neném”, foragido da Justiça e acusado de envolvimento no assassinato de Aluísio Albuquerque Neto, o “Bodinho”, ocorrido em 2022;
  • Francisco Myller Moreira da Cunha, condenado por homicídio e considerado um dos braços operacionais do grupo;
  • Um traficante de Japurá, identificado apenas como “Dimas”.

Os quatro teriam sido mortos durante confrontos no Complexo do Alemão, uma das áreas mais violentas do Rio.

Símbolos do crime e armas apreendidas

De acordo com informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, pelo menos 111 fuzis foram apreendidos durante a operação.

Um dos armamentos chamou a atenção das autoridades por conter a inscrição “CV-AM”, sigla usada pela facção para marcar armas pertencentes ao Comando Vermelho do Amazonas, o que reforça a presença de criminosos do estado entre os grupos atuantes no Sudeste.

O delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Bruno Fraga, afirmou que equipes de inteligência estão trabalhando para identificar todos os suspeitos mortos e determinar com precisão quantos amazonenses foram atingidos na ação.

Facção declara luto

Em mensagens divulgadas em perfis ligados ao Comando Vermelho do Amazonas (CV/AM), o grupo publicou uma nota de pesar em referência aos supostos 11 mortos.
O texto, acompanhado de fotos e apelidos dos integrantes, dizia:

“Luto pelos nossos irmãos. Jamais serão esquecidos. Uma grande perda para nós.”

A publicação viralizou em grupos de mensagens da facção e circulou entre comunidades da capital amazonense.

Investigação continua

Segundo a Polícia Civil do Amazonas, o número oficial de mortos do estado ainda está sendo verificado com apoio de órgãos de inteligência e das autoridades do Rio de Janeiro.

O delegado Mário Paulo afirmou que novas atualizações serão divulgadas assim que houver confirmação dos nomes e das circunstâncias das mortes.

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