
Às vésperas das festas de fim de ano, mais de 600 servidores da educação de Humaitá receberam do prefeito José Cidenei Lobo, o Dedei Lobo, um presente amargo: a demissão em massa. Por meio do Decreto Municipal nº 254/2025, publicado no dia 15 deste mês, a gestão municipal encerrou, de uma só vez, centenas de contratos de trabalhadores que atuavam na rede pública de ensino.
O decreto atingiu profissionais vinculados a processos seletivos que, conforme os Editais nº 002/2024 e nº 001/2025, poderiam ter seus contratos renovados no final de dezembro. Em vez da renovação ou de qualquer sinal de valorização, os servidores receberam o comunicado de dispensa justamente no período em que muitas famílias contam com estabilidade financeira para atravessar o fim de ano.
O impacto da decisão foi expressivo. Ao todo, 326 servidores contratados pelos processos seletivos mencionados e 296 trabalhadores com outros tipos de vínculo temporário foram desligados. Entre os demitidos estão pedagogos, professores de diversos níveis, merendeiras, cuidadores educacionais, auxiliares de desenvolvimento infantil, serventes de limpeza e monitores, profissionais essenciais para o funcionamento das escolas municipais.
A medida provocou reação imediata no Legislativo. O vereador Dr. Amadeu Neto classificou as demissões como injustas, desumanas e sem qualquer contribuição para a educação do município. Segundo ele, o ato do prefeito representa um duro golpe contra centenas de famílias humaitaenses.
Demissões em massa: o “presente de fim de ano” de Dedei Lobo para mais de 600 servidores da educação em Humaitá pic.twitter.com/zYpZDLIIwy
— Fato Amazônico (@fatoamazonico) December 18, 2025
“Isso é desumano. Será que o prefeito não percebe o mal que fez a centenas de famílias? Não percebe. Por isso é indigno do voto que recebeu da população sofrida do município”, afirmou o parlamentar.
O vereador também denunciou o que chamou de “pacto de silêncio” imposto pela gestão municipal aos servidores dispensados. De acordo com ele, haveria uma espécie de chantagem velada, em que os trabalhadores seriam orientados a não se manifestar publicamente em troca da expectativa de uma possível recontratação no próximo ano.
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