A presidente da Comissão da Mulher, da Família e do Idoso da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputada Alessandra Campêlo (PSC), subiu o tom do discurso ao comentar nesta terça-feira (12/07) o caso em que o anestesista Giovanni Quintella foi preso em flagrante após estuprar uma mulher grávida em pleno trabalho de parto. O caso veio à tona ontem (11/07), no Rio de Janeiro, e repercutiu em todo o País.
“Não adianta usar uma roupa curta ou uma burca, não adianta ser jovem ou idosa. Não adianta estar em casa ou mesmo num hospital dando à luz a seu filho, o corpo das mulheres é local de crime. Estou falando aqui indignada, porque eu sei que muitas mulheres que já passaram por importunação sexual, estupro choraram e sofrem as suas dores todas as vezes que vêm uma mulher passando por aquilo”, afirmou Alessandra.
A deputada pediu apoio dos colegas da Assembleia Legislativa para juntos assinarem uma nota de repúdio a ser enviada aos conselhos Federal e Regional de Medicina condenando o episódio. Alessandra defendeu que o estuprador tenha o registro de médico cassado, e que seja punido com os rigores da lei.
“É um absurdo, é vergonhoso, é nojento. Eu espero que aquele homem apodreça na cadeia. Infelizmente, a Constituição não permite prisão perpétua ou pena de morte para aquele tipo de crime, mas eu enquanto mulher quero demonstrar a minha indignação. Aquilo é repugnante”, concluiu Alessandra.
Leis em vigor – A deputada Alessandra é autora da Lei Estadual que cria medidas de proteção contra a violência obstétrica e incentiva o parto humanizado e o plano de parto individual nas redes pública e particular de saúde do Amazonas.
A presidente da Comissão da Mulher ressalta ainda que existe uma lei federal em vigor que assegura a presença de acompanhante, que pode ser o companheiro, familiar ou qualquer pessoa de confiança da parturiente, durante o trabalho de parto.
