O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) oficializou, nesta sexta-feira (2), seu apoio à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um esquema de fraudes bilionárias envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. A estimativa é de que mais de R$ 6,3 bilhões tenham sido desviados por meio de práticas ilegais atribuídas a sindicatos e entidades de classe entre 2019 e 2024.

O caso já é alvo de investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), com denúncias que envolvem corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, violação de sigilo funcional, lavagem de dinheiro e a atuação de uma suposta organização criminosa formada por 11 associações.

Amom destacou a necessidade de uma apuração independente e transparente. “É inaceitável que um esquema dessa gravidade continue sem resposta institucional clara. O cidadão precisa saber quem lucrava com o sofrimento de milhões de aposentados”, declarou.

A iniciativa da CPI é liderada pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e já conta com o apoio de 185 parlamentares de 14 partidos, entre eles membros da oposição e de bancadas independentes. Apesar disso, a instalação da comissão depende da deliberação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que precisa definir quais CPIs serão instaladas entre os 13 pedidos com número suficiente de assinaturas. O regimento da Casa limita o funcionamento simultâneo a cinco comissões parlamentares de inquérito.

Para Amom Mandel, a CPI do INSS é uma oportunidade de resgatar a confiança na gestão dos recursos previdenciários e combater a impunidade. “Fraudar o INSS é fraudar a dignidade do povo brasileiro. Não vamos permitir que esse escândalo seja abafado. Precisamos da CPI funcionando o quanto antes”, reforçou.

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