A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 49,8% no final de 2024, de acordo com a pesquisa Latam Pulse, divulgada nesta sexta-feira (10). O levantamento realizado pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg analisou indicadores políticos, econômicos e sociais do Brasil, comparando-os com outros países da América Latina.
A pesquisa, que ouviu 2.873 brasileiros entre 26 e 31 de dezembro de 2024, revelou também que 44,3% dos entrevistados aprovam o desempenho de Lula, enquanto 5,9% permanecem indecisos. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
A análise destaca ainda um cenário de polarização política no país, com níveis elevados de conflito percebidos entre diferentes grupos sociais. Esses dados refletem os desafios enfrentados pelo governo Lula em sua tentativa de equilibrar questões econômicas, como a inflação e a confiança do consumidor, e manter o apoio político em um ambiente altamente polarizado.
A pesquisa também incluiu cruzamentos demográficos, revelando variações significativas de aprovação e desaprovação entre diferentes faixas etárias, níveis de escolaridade e renda. Enquanto jovens e pessoas de renda mais baixa demonstram maior apoio, o grupo mais crítico está concentrado entre os de renda mais alta e maior escolaridade.
Perspectivas Eleitorais
O levantamento da AtlasIntel avaliou cenários para as eleições presidenciais de 2026, incluindo a possibilidade de Lula buscar a reeleição. A pesquisa aponta que, apesar dos desafios, o presidente ainda mantém uma base sólida de apoio entre eleitores identificados com pautas progressistas.
Metodologia e Abrangência
A coleta de dados foi feita digitalmente, utilizando o método Atlas RDR (Random Digital Recruitment), que garante anonimato e representatividade ao evitar influências externas durante o processo.
O levantamento é parte de uma iniciativa maior que monitora mensalmente as dinâmicas políticas e econômicas de países como Argentina, Chile, Colômbia e México, além do Brasil.
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